Pimentel rebate críticas e diz que ‘choque de gestão’ dos tucanos é ‘conversa fiada’

Henrique Coelho/Bhaz

O governador de Minas, Fernando Pimentel (PT), pré-candidato à reeleição, partiu para o campo de batalha e falou grosso depois de ser criticado pelo senador Antonio Anastasia (PSDB), que também disputa a cadeira. O petista concedeu uma entrevista exclusiva ao Bhaz no Palácio das Mangabeiras, em Belo Horizonte. Pimentel afirmou que, ao longo dos 12 anos do governo do tucano, nada foi feito para reestruturar as finanças do Estado, hoje com um déficit de R$ 8 bilhões ao ano.

O petista chamou de “conversa fiada” o que os tucanos definiram como “choque de gestão” nas contas públicas. “Fizeram aquela propaganda absurda de choque disso, choque daquilo. Choque de conversa fiada. Deixaram o estado quebrado”, afirmou. Pimentel disse que o parcelamento dos salários do funcionalismo só pode ser resolvido definitivamente a longo prazo com reformas estruturais.

O tucano Antonio Anastasia aproveitou a convenção do PSD na última segunda-feira (23) para criticar a decisão de Pimentel de desativar o Palácio Tiradentes na Cidade Administrativa. “Fizemos um planejamento de 12 anos quando à frente do governo de Minas para levar desenvolvimento para o vetor Norte. Entre os projetos para a região está a Cidade Administrativa, que valorizou em bilhões os imóveis no entorno. O atual governo fecha os olhos para a região”, acusou.

A reação de Pimentel foi rápida ao classificar a cidade administrativa de “monumento à má gestão”. “Enterraram ali R$ 2 bilhões. Fazer um prédio de luxo, levar para lá funcionários públicos, para impulsionar o desenvolvimento da região, não existe nada mais antiquado, anacrônico e mentiroso”, concluiu. Segundo o governador, a manutenção apenas do ar-condicionado da sede custa, anualmente, R$ 10 milhões.

As críticas resvalaram também para o governo do presidente Temer, que Pimentel classificou como “tragédia”. O governador disse que tem como avançar mesmo com a dificuldade de caixa em um segundo governo porque o horizonte é mais claro sem a presença do medebista que teria feito um “cerco avassalador a Minas”.

Pimentel fez ainda uma defesa enfática da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à presidência e classificou sua prisão de injusta. Lembrou que Lula, na última pesquisa da CUT/Vox Populi, tem 40% das intenções de voto. Disse também que não teme uma rejeição ao PT em algumas regiões de Minas, porque a aprovação no estado é de 20%

Parcelamento do salários

“Ninguém parcela os salários porque quer. O déficit deixado pelo governo passado é de R$ 8bi por ano.”

Rejeição ao PT em Minas Gerais

“O PT tem 20% de aprovação em Minas, índice maior que a rejeição.”

Cidade Administrativa

“Aquilo é um monumento à má gestão, ao desperdício de dinheiro público, e desrespeito à população de Minas.”

Como avançar?

“Com os pés no chão e acabar com essa fantasia que foi os governos Aécio e Anastasia.”

Além das críticas

“Nós podíamos ter deixado o estado entrar em colapso como o Rio de Janeiro […]. Mas não, nós fizemos a escolha correta.”

Fim do Governo Temer

“O segundo mandato não terá a tragédia do governo Temer.”

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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