Mariana: obras para reassentar famílias atingidas por tragédia ambiental são autorizadas

(Antonio Cruz/Agência Brasil)

A Prefeitura de Mariana, na Região Central de Minas, liberou o alvará para início das obras de construção da nova vila para reassentar as 225 famílias atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, no subsditrito de Bento Rodrigues, em novembro de 2015. O documento foi expedido nesta quarta-feira (1º) pelo prefeito Duarte Júnior.

O rompimento da barragem, de propriedade da mineradora Samarco, provocou o deslizamento de um grande volume de rejeitos da exploração de minério de ferro, destruindo todo o vilarejo de Bento Rodrigues e deixando um saldo de 19 mortos e 225 famílias sem moradia.

Vale ressaltar que as obras não são para recuperar a antiga vila de Bento Rodrigues: esse local possivelmente será transformado em um memorial.

A área em questão é um terreno chamado Lavoura, que teria sido escolhido pela comunidade atingida para a construção da nova comunidade. Quem fará a gestão de todo o processo de reparação e compensação socioeconômica e ambiental do local é a Fundação Renova, entidade criada pelas empresas Samarco, Vale e BHP, controladoras da Samarco, com anuência e acompanhamento de vários órgãos federais e estaduais.

Segundo a Renova, a construção começará pela supressão vegetal e terraplanagem do terreno, que incluem as obras de infraestrutura, pavimentação, drenagem, redes de esgoto, distribuição de água e de energia. Para as obras das residências e dos equipamentos públicos, será necessária nova autorização da prefeitura.

A previsão é que as obras levem até dois anos para serem finalizadas e, nesse período, cerca de 2 mil empregos possam ser gerados. O processo está sendo supervisionado pelo Ministério Público e pelos atingidos. Segundo a Renova, cada família que será reassentada está participando da elaboração do projeto arquitetônico das casas a serem reconstruídas.

As obras em Lavoura seguirão diretrizes elaboradas com a comunidade e levam em consideração as relações de vizinhança dos atingidos, a memória patrimonial e cultural do povoado atingido e as especificidades do novo terreno.

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