Lula ironiza candidatura de Aécio a deputado: ‘Escondidinho de tucano!’

Rafael D’Oliveira/Bhaz

A convenção do Partido dos Trabalhadores (PT) que oficializou as candidaturas de Dilma Rousseff ao Senado e de Fernando Pimentel ao Governo de Minas Gerais contou com a participação do ex-presidente Lula. O petista, que está preso na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, enviou uma carta para declarar seu apoio aos companheiros de legenda. O evento aconteceu na Quadra do Vilarinho, em Venda Nova.

No texto, ele diz que o PT é alvo de perseguição. Lula afirma que Dilma e Pimentel são “vítimas da traição e da perseguição política”. O ex-presidente ainda fez duras críticas ao PSDB mineiro, em especial ao senador Aécio Neves. Além disso, ressaltou que o partido tenta esconder o político para evitar desgastes.

“Aécio Neves, que chegou a pedir recontagem de votos após perder em 2014, está lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucano. O povo mineiro não vai engolir essa receita indigesta nem para presidente, nem para governador, nem para o senado, nem para deputado federal”, diz trecho da carta de Lula.

Leia o texto na íntegra:

Queridas companheiras, queridos companheiros.

Minas, que esteve sempre presente nos momentos decisivos do Brasil, tem um novo encontro marcado com a História. 7 de outubro é o dia dizer nas urnas que esse povo que lutou pela liberdade e pela independência não aceita ser novamente colônia de ninguém. Não aceita ser outra vez escravizado, nem ter suas riquezas entregues de graça aos estrangeiros. Essa terra, que será sempre a dos inconfidentes, não tolera a traição, nem as perseguições políticas promovidas pela mesma elite colonizada e predadora de sempre.

Fui perseguido, condenado e preso sem nenhum crime cometido, a não ser o de lutar pela soberania do Brasil e pela liberdade do povo brasileiro. Nem assim nossos adversários ficaram saciados. A prova disso é que o encontro de hoje reúne duas outras vítimas da traição e da perseguição política. Companheiros na luta contra a ditadura, Fernando Pimentel e Dilma Rousseff enfrentam hoje juntos interesses poderosos contra o povo de Minas e do Brasil.

O PSDB, com apoio da grande mídia e de parte do Ministério Público e do Poder Judiciário, não se contentou em golpear a primeira mulher presidenta do Brasil, e colocar um fantoche em seu lugar. Tentaram também impedir a candidatura da Dilma ao Senado, porque sabem que serão derrotados, como foram em 2014, em Minas e no Brasil.

Não satisfeitos em perseguir a Dilma, nossos adversários tentaram impedir também a candidatura do Pimentel à reeleição. Conspiraram e continuam a conspirar, noite e dia. Deixaram de herança maldita para Minas uma dívida absurda, fruto da irresponsabilidade e do desgoverno, e usaram de todos os meios para impedir a negociação dessa dívida com a União. Queriam deixar Minas ingovernável, achando que com isso prejudicavam o PT, quando na verdade estavam causando sofrimento ao povo mineiro.

Não é por outra razão que o candidato deles, aquele que não aceitou a derrota em 2014 e acendeu o pavio desse golpe que trouxe de volta a miséria, a fome e a mortalidade infantil, achou mais prudente tirar o time de campo para não enfrentar nossa presidenta outra vez nas urnas. Aécio Neves, que chegou a pedir recontagem de votos após perder em 2014, está lançando um prato novo, meio diferente, que não tem muito a ver com a cozinha mineira nem é muito ecológico: o escondidinho de tucano. O povo mineiro não vai engolir essa receita indigesta nem para presidente, nem para governador, nem para o senado, nem para deputado federal.

É por isso que no dia 7 de outubro nós vamos reeleger o Pimentel governador. E vamos dar à Dilma uma votação histórica para o Senado, para fazer justiça nas urnas, com o povo.

Um grande abraço,

Luiz Inácio Lula da Silva.

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