Surto de malária no ES deixa Minas em alerta; 112 casos da forma grave da doença estão confirmados no estado vizinho

Divulgação/Agência Brasil/Portal da Biologia

Diante dos 112 casos confirmados de malária no Espírito Santo, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) está alertando profissionais de saúde de todos os municípios do estado e também a população que vive em cidades próximas da divisa com o ES.

Para o município de Mantena e outros próximos ao município de Barra de São Francisco (ES) e Vila Pavão (ES), foi liberada medicação específica para o tratamento de malária falciparum, teste rápido e folder.

“Informamos que, no período de janeiro até 10 de agosto, Minas registrou 21 casos de malária. Porém, todos os casos foram importados, mas nenhum caso oriundo do estado do ES”, informou a nota da SES-MG.

Nesta sexta-feira (10), a Secretaria de Saúde do Espírito Santo (SES-ES) confirmou 112 casos de malária desde julho – a maioria (92) no município de Vila Pavão. Os outros 20 casos foram identificados na cidade de Barra de São Francisco. A pasta confirmou ainda um óbito provocado pela doença.

Segundo a assessoria da SES-ES, os casos envolvem um parasita que, até então, não existia no estado e que provoca a forma mais grave de malária. As autoridades do setor suspeitam que a doença tenha sido importada de estados no Norte do país, onde a malária é considerada endêmica.

O Ministério da Saúde alerta que, nas regiões fora da Amazônia, apesar das poucas notificações, a malária não pode ser negligenciada, já que se observa uma letalidade ainda mais elevada. “De fato, todos os 112 casos de malária confirmados em território capixaba são da forma mais grave da doença”, explicou o médico e referência técnica da Vigilância Epidemiológica do Espírito Santo, Adeniton Cruzeiro, à reportagem da Agência Brasil.

A doença

De acordo com o Ministério da Saúde, a malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. A cura é possível se a doença for tratada em tempo oportuno e de forma adequada. Contudo, a malária pode evoluir para forma grave e para óbito.

No Brasil, a maioria dos casos se concentra na região amazônica, nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Pará, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Nas demais regiões, apesar das poucas notificações, a doença não pode ser negligenciada, pois se observa letalidade mais elevada que na região amazônica.

Sintomas

Os sintomas incluem febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça e podem ocorrer de forma cíclica. Muitas pessoas, antes de apresentar essas manifestações mais características, sentem náuseas, vômitos, cansaço e falta de apetite.

A malária grave caracteriza-se pelo aparecimento de um ou mais destes sintomas: prostração, alteração da consciência, dispneia ou hiperventilação, convulsões, hipotensão arterial ou choque e hemorragias, entre outros sinais.

Transmissão

A doença é transmitida por meio da picada da fêmea do mosquito Anopheles, infectada por Plasmodium, um tipo de protozoário. Esses mosquitos aparecem em maior volume ao entardecer e ao amanhecer, mas podem ser encontrados picando durante todo o período noturno, em menor quantidade.

A malária não é uma doença contagiosa, ou seja, uma pessoa doente não é capaz de transmitir a doença diretamente para outra pessoa. É necessário o vetor para realizar a transmissão.

Prevenção

Entre as medidas de prevenção individual, estão o uso de repelentes e de mosquiteiros, roupas que protejam pernas e braços e de telas em portas e janelas.

Tratamento

Após a confirmação da doença, o paciente recebe o tratamento em regime ambulatorial, com comprimidos disponíveis em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). Somente nos casos graves, os pacientes devem ser hospitalizados de imediato.

O tratamento depende de fatores como a espécie do protozoário infectante; a idade do paciente; condições associadas, incluindo gravidez e outros problemas de saúde; e gravidade da doença.

Quando realizado de maneira correta, o tratamento da malária garante a cura da doença.

Com Agência Brasil

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