Belotur apresenta a blocos expansão do Carnaval em BH e outras novidades para 2019

Cenas do Carnaval 2018 e reunião da Belotur desta segunda

Esta reportagem foi atualizada às 17h20 de 21/8/2018 para reforçar que o calendário oficial da folia 2019 em BH terá duração de 23 dias. O período de três meses, presente anteriormente no título, se refere a incentivos da PBH que poderiam ampliar os ensaios pré-Carnaval.

A seis meses do Carnaval, a Belotur já esquenta os tamborins da festa em Belo Horizonte. Foram apresentados aos blocos, na noite desta segunda (20), o planejamento da folia 2019 até agora, e propostas de melhorias. Entre elas, está a ampliação das festas oficiais com um evento ainda em dezembro, em homenagem ao Dia do Samba; e a antecipação de verba para os blocos também para 2018, o que incentivaria ensaios já no último mês deste ano.

Mesmo com ações propostas que possibilitariam uma maior – e melhor – folia na capital mineira, inclusive com a organização de ensaios pré-Carnaval, a Belotur reforça: o calendário oficial continua com 23 dias de duração (a exemplo deste ano), do dia 16 de fevereiro ao dia 10 de março.

A programação da administração municipal, por ora, é a seguinte: em outubro, lançar o cadastro dos blocos e o edital dos artistas interessados em se apresentar nos palcos da Prefeitura de Belo Horizonte durante a festa em fevereiro de 2019.

Já em novembro, deve ser lançado o edital de subvenção dos blocos de rua e, em dezembro, dar início ao cadastro dos ambulantes. Ainda no último mês do ano, está sendo planejado um evento em homenagem ao Dia do Samba, celebrado em 2 de dezembro, mas que já seria um pontapé inicial informal do Carnaval 2019.

Para anunciar todas essas propostas, a Belotur convocou para a noite desta segunda-feira (20) representantes dos blocos de rua para uma reunião. Com início às 19h, a reunião tinha previsão de término às 22h.

“A reunião com os blocos de rua tem caráter permanente, não foi a primeira do ano. O objetivo é antecipar o planejamento, melhorar as entregas e condições da festa e dar voz a todos os participantes. Demos uma atualizada em que pé estamos; alguns editais estão prestes a sair”, informou o presidente da Belotur, Aluizer Malab.

Outra boa notícia para os organizadores da festa é a promessa de antecipar os recursos de ajuda de custo aos blocos, uma antiga reivindicação de carnavalescos. A verba sempre chegou na véspera da festa, inviabilizando a organização dos blocos. Está sendo estudada a possibilidade de o recurso, inclusive, ser liberado para ajudar a custear os ensaios.

Sobre o financiamento do Carnaval de BH, Aluizer Malab explicou que este ano entraram R$ 9 milhões de recursos novos, de patrocinadores, e o orçamento público, da Belotur, foi de R$ 1,5 milhão. O montante é gasto para subsidiar os blocos de rua, blocos caricatos e escolas de samba; toda a infraestrutura de grades, palcos e som para os shows que são realizados na cidade; banheiros químicos e tudo o mais que exija investimentos para a festa ocorrer.

“A Belotur é quem coordena as ações do Carnaval e dialoga com todos os órgãos para que tudo ocorra bem: Defesa Civil, Secretaria de Saúde, Limpeza Urbana, Política Social, BHTrans, Guarda Municipal e também Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. Para uma festa desta magnitude, o planejamento é conjunto. A despesa é muito alta com infraestrutura. Quando chegamos em 2017, não havia patrocínio. Daí a prefeitura acabava gastando mais com subvenção”, explicou Malab.

Questionado sobre um possível diálogo com o governo do Estado, a exemplo de outros estados, que têm investimentos conjuntos e de outras fontes, Malab disse ter expectativa de ter aportes do governo mineiro para que o Carnaval de Beagá possa crescer ainda mais. “Estamos sempre buscando, como Rio de Janeiro, investimentos de outras fontes.”

Desburocratização e festa para todos

Para desburocratizar a inscrição dos blocos junto à PBH, a Belotur pretende digitalizar o processo de editais, que deverá ser on-line, para eliminar burocracia e papel em excesso; descentralizar as festas, para que todas as administrações regionais tenham palcos com shows e artistas de qualidade, inclusive trazendo alguns artistas de peso nacional para se apresentar na cidade durante os dias da festa.

Outra proposta é criar uma estrutura para valorizar a Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte, ainda sem definição de como isso será feito: se os integrantes abrirão o Carnaval 2019, ou se tocarão em algum local especial. Integrar moradores em situação de vulnerabilidade social é outra meta da Belotur, criando um Bloco da Cidadania.

Apoiar áreas de convivência para cervejarias artesanais produzidas aqui comercializem seus produtos foi outra proposta apresentada pelo presidente da Belotur e o diretor de Eventos, Gilberto Castro.

Sobre a possível criação de uma “Lei do Carnaval” para a cidade, que defina melhor as regras e estabeleça critérios para todos, o presidente da Belotur disse “gostar da ideia de ter regras claras”. “Já temos um decreto da prefeitura específico para o Carnaval e é um caminho natural para chegarmos a um projeto de lei que contemple esse funcionamento. Não acho que a lei sozinha garanta as coisas. Temos feito o exercício de dialogar com vários setores, há um amadurecimento da cidade, que já vai nos levando para um caminho de consolidarmos as bases. Vejo com bons olhos termos regras claras sobre a festa”, acrescentou.

Crescimento exponencial

Nos últimos seis anos, Belo Horizonte assistiu a um crescimento exponencial do seu carnaval de rua, com o surgimento de blocos carnavalescos nas nove administrações regionais da cidade.

Este ano, para se ter ideia, a festa foi considerada como um dos melhores carnavais do país e recebeu 3,8 milhões de pessoas, 26% a mais que em 2017. Em fevereiro, os órgãos envolvidos no planejamento do carnaval em BH divulgaram que, apesar do crescimento expressivo do número de foliões nas ruas, a violência diminuiu.

Mais de 30 órgãos municipais, além do Corpo de Bombeiros e polícias Civil e Militar, estiveram envolvidos na realização do evento. À época, a Guarda Municipal registrou diminuição de 15% nas ocorrências gerais, enquanto a PM relatou queda de 30% nos furtos e de 31% nos crimes violentos.

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