Filho de Bolsonaro acredita em crime planejado; agressor será transferido para presídio de segurança máxima

No fim da tarde desta sexta-feira (7), o filho do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL), o deputado estadual Flávio Bolsonaro, chegou ao Hospital Albert Einstein, no bairro Morumbi, em São Paulo, para visitar o pai, internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e disse acreditar que a agressão contra Jair foi uma ação planejada.

“Ao que parece não agiu sozinho, [dizem] que ele é maluco, que não sabia o que estava fazendo, um cara desvairado, mas não. Foi premeditado. Ninguém sai de casa para enfiar faca na barriga dos outros sem querer, por acaso”, disse Flávio.

Flávio disse, em resposta às críticas à proposta do pai de ampliar o acesso às armas, que “quem mata as pessoas não são as armas”. “Com uma faca ele (o agressor) poderia ter matado o meu pai. Então quem mata pessoas são pessoas, não é uma faca, uma arma. A gente vai continuar com a nossa luta, defendendo aquilo que a gente acredita”, afirmou.

Jair Bolsonaro fazia campanha em Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas, a 265 quilômetros de Belo Horizonte, na tarde de quinta-feira (6), quando foi atingido no abdômen por uma facada, disferida por Adélio Bispo de Oliveira, de 40 anos. O homem foi preso em flagrante logo após cometer a agressão.

Bispo de Oliveira foi ouvido na tarde desta sexta-feira em audiência de custódia, na Justiça Federal de Juiz de Fora, e será transferido para o presídio federal de segurança máxima em Campo Grande (MT). A informação foi dada pelo deputado Delegado Francischini (PSL), líder do partido na Câmara, que acompanhou a audiência.

“A juíza [Patrícia Alencar] deferiu a continuidade da prisão do Adélio, que tentou matar Jair Bolsonaro. É uma primeira vitória nossa. Claro que num crime complexo como esse não esperávamos mais do que a firmeza da doutora Patrícia, que manteve a prisão e determinou a transferência do Adélio para um presídio federal de segurança [máxima]. Ele vai ser removido agora pelo Ministério da Justiça”, disse Franceschini, ao final da audiência, que durou cerca de uma hora e meia.

A juíza manteve o indiciamento do agressor pelo artigo 20 da Lei de Segurança Nacional, que dispõe sobre “praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político”, que prevê pena de prisão de três a 10 anos, podendo ser dobrada, se o fato resultar em lesão corporal grave, ou triplicada, se resultar em morte.

Motivado por discurso de ódio

Adélio Bispo foi assistido por quatro advogados na audiência. Eles sustentam que a agressão de seu cliente ao candidato Jair Bolsonaro foi um ato solitário, movido pelo que classificaram de “discurso de ódio” do próprio candidato.

“Esse discurso de ódio do candidato é que desencadeou essa atitude extremada do nosso cliente”, disse o advogado Zanone Manoel de Oliveira Júnior. Um dos motivos, segundo a defesa, foi a referência pejorativa aos negros quilombolas, já que seu cliente se identifica como negro.

O advogado informou que a defesa concordou com a transferência de Adélio para um presídio federal, para garantir sua integridade.

Candidato está estável e envia mensagem
pelo Twitter

No início da tarde, Jair Bolsonaro enviou mensagem pelo Twitter, dizendo que está bem. Ele foi transferido nesta sexta pela manhã da Santa Casa de Juiz de Fora para o Hospital Albert Einstein, na capital paulista.

O último boletim médico informou que Bolsonaro está “em boas condições clínicas”. A equipe médica disse ainda que está dando continuidade ao tratamento iniciado na cidade mineira. “O paciente está internado na UTI onde realizou exames laboratoriais e de imagens e foi avaliado por equipe multiprofissional.”

O próximo boletim médico será divulgado neste sábado (8), às 10h. Ao longo do dia, políticos e apoiadores do candidato à Presidência da República estiveram no hospital.

Veja a mensagem do candidato à Presidência em sua conta do Twitter:

<blockquote class=”twitter-tweet” data-lang=”pt”><p lang=”pt” dir=”ltr”>Agradeço do fundo do meu coração a Deus, minha esposa e filhos, que estão ao meu lado, aos médicos que cuidam de mim e que são essenciais para que eu pudesse continuar com vocês aqui na terra, e a todos pelo apoio e orações!</p>&mdash; Jair Bolsonaro 1️⃣7️⃣ (@jairbolsonaro) <a href=”https://twitter.com/jairbolsonaro/status/1038112690143731712?ref_src=twsrc%5Etfw”>7 de setembro de 2018</a></blockquote>
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Com informações da Agência Brasil 

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