A falta de chuvas em Minas Gerais está castigando inúmeros municípios. Cem deles estão com decreto de emergência para seca ou estiagem ativo, segundo a Defesa Civil. São 78 cidades sofrendo por seca e 22 por estiagem, sendo a maioria delas nas regiões Norte e Jequitinhonha.
A diferença entre estiagem e seca é que a primeira é mais branda; quando o município começa a sentir os efeitos da redução hídrica. A segunda afeta a localidade de forma mais abrangente, comprometendo o sustento de famílias, por exemplo, que tiveram o plantio destruído pela falta d’água.
De acordo com Flávio Fernandes, assessor-adjunto da Assessoria de Desenvolvimento Setorial da Defesa Civil de Minas Gerais, este ano os efeitos da seca/estiagem estão menores. “Este ano tivemos período de chuva mais regular que ano passado. Nesse mesmo período, em 2017, já tínhamos 127 decretos de emergência. Não digo que temos uma situação tranquila, mas a escassez hídrica do ano passado foi bem pior”, esclarece.
O decreto de emergência se dá quando há prejuízos nos municípios do ponto de vista econômico e social. Além de ações da Defesa Civil estadual, com o envio de caminhões-pipa, cesta básica e outras ações de ajuda humanitária, o Ministério da Integração Nacional repassa recursos para que as cidades minimizem esses impactos.
“Após a homologação e reconhecimento de que determinado município precisa da ajuda, ele passa a receber o recurso para ser aplicado em ações locais e pontuais”, explica o tenente.
Segundo ele, depois do preenchimento de formulário onde o administrador da cidade declara os prejuízos e condições em que o município se encontra, técnicos do ministério calculam o repasse a ser feito. Ou seja, o valor é de acordo com a situação específica de cada cidade.
“São situações que vão desde perda do plantio, perda de animais, questões hídricas, assentamentos de comunidades. Tudo relacionado a prejuízos econômicos e sociais da cidade”, acrescenta o assessor da Defesa Civil.
Por parte do governo de Minas, são disponibilizados caminhões-pipa, principalmente para comunidades das zonas rurais.
Nesta quarta-feira (12), estavam alocados caminhões-pipa em 24 cidades mineiras; 11 aguardam análise dos pedidos (ainda não enviaram toda a documentação necessária); e 65 cidades já estão recebendo ajuda mensal, como cesta básica.
De acordo com o tenente Fernandes, os trâmites são rápidos, pois a Diretoria de Resposta a Desastres da Defesa Civil orienta e dá suporte técnico para que os municípios preencham o quanto antes e de forma correta os documentos.
