PSOL supera processo de integrante do próprio partido no TRE-MG; autor promete recorrer

Professor Túlio Lopes (PCB), a candidata ao governo de MG, Dirlene Marques, e a vice, Sara Azevedo corriam o risco de não poder concorrer ao pleito

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) conseguiu superar o conflito interno que poderia inviabilizar a candidatura de toda a chapa da sigla no Estado. Um integrante do próprio partido havia pedido ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG) a impugnação do registro do partido por conta de irregularidades na convenção partidária do PSOL.

A ação foi movida pelo pré-candidato a deputado federal, Bruno Bedim (PSOL). Segundo o denunciante, ele seria oficializado como candidato, mas teve o nome retirado da chapa de maneira arbitrária.

Entretanto, o TRE-MG julgou o processo nesta quarta-feira (19) e rejeitou os embargos propostos por Bedim contra a coligação Frente Minas Socialista, formada pelo PSOL e PCB. É a segunda negativa do órgão em relação ao processo. Em nota, o PSOL informou ter aprovado a decisão do TRE-MG (leia nota na íntegra, abaixo).

Com isso, o partido concorrerá às eleições normalmente. Caso o processo fosse julgado procedente, poderia inviabilizar a candidatura de Dirlene Marques, a única mulher postulante ao Governo de Minas no pleito de 2018 e prejudicar os planos da vereadora mais votada de Belo Horizonte, Áurea Carolina, de concorrer ao cargo de deputada federal.

Ao Bhaz, Bruno Bedim informou que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a decisão do TRE-MG. “Eles – tribunal – não entraram no mérito da questão em momento algum. Alegam que o pedido de impugnação foi intempestivo. A verdade é que a convenção está cheia de irregularidades, vícios e absurdos. A Justiça tem de analisar o mérito da questão”, disse.

Relembre

A ação foi movida pelo candidato após seu nome ter sido retirado da convenção por conta de, segundo ele, perseguições internas. “Eu denunciei ao diretório estadual do partido que houve uma distribuição irregular do fundo eleitoral. Ao cargo de Senador, por exemplo, a verba foi dobrada, e isso é ilegal, conforme as resoluções eleitorais”, disse Bedim.

Na época, o partido respondeu que não houve irregularidades na convenção. Quanto à distribuição do fundo partidário, a sigla alegou que estabeleceu faixas prioritárias de candidaturas em alguns cargos, colocando mulheres como prioridade – fato que gerou uma crise interna no partido – na eleição.

Quanto ao fato de Bruno Bedim ter sido retirado da lista, o partido respondeu que o pré-candidato foi o único do Estado a ter o pedido de candidatura negado. A justificativa é de que ele não estava alinhado com os valores da sigla e, inclusive, chegou a ser “machista” em algumas atitudes dentro do partido.

Nota do PSOL

O PSOL MG concorda com a decisão da Justiça, que considerou improcedente o processo movido por Bruno Bedim, que pedia a impugnação das candidaturas da coligação Frente Minas Socialista. O PSOL MG reforça ainda as afirmações dadas anteriormente ao Bhaz a respeito desse caso.

 

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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