Um capitão da Polícia Militar, de 48 anos, suspeito de estuprar duas crianças de 9 anos e uma adolescente, de 16, em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, foi liberado por falta de provas, nessa quinta-feira (20).
De acordo com a Polícia Civil, os depoimentos e provas materiais colhidos, até o momento, apontam que o suposto suspeito é inocente. Apesar da liberação, foi aberto inquérito para investigar o caso e identificar o real culpado.
A corporação informou que foram prestados depoimentos por parte de uma das vítimas e que as versões não eram compatíveis com as ditas anteriormente.
Na última quarta-feira (19), o capitão foi preso no bairro Palmital. Segundo relato de uma das testemunhas, o militar invadiu a casa onde uma das vítimas estava sozinha e começou a se despir pedindo que ela o observasse.
A criança de 9 anos gritou e alertou os vizinhos e, com isso, o suspeito fugiu do local. Em seguida, os moradores da região localizaram e agrediram o militar. A PM foi acionada com informações de que um homem teria sido agredido no aglomerado.
Os policiais foram ao local e conduziram o suspeito para um hospital da região. Após esse episódio, outra criança de 9 anos e uma adolescente de 16 anos procuraram a polícia alegando que também teriam sido abusadas pelo militar em outra ocasião.
Segundo o porta-voz da corporação, major Flávio Santiago, o militar era aposentado e estava reativo no 36º Batalhão de Polícia Militar, em Vespasiano. Entretanto, por conta das acusações, o capitão já teve o contrato rompido. Mesmo com a liberação, o capitão continua sem o contrato.
Ainda de acordo com Santiago, o militar nega as acusações e alega que foi ao aglomerado à procura de um rapaz que faria uma manutenção em seu celular. “Ele diz que foi abordado pelos moradores que começaram a agredi-lo, sem deixar que ele dissesse algo. Estamos apurando, mas, até o momento, não localizamos esse homem a quem ele se refere”, explica o porta-voz.