BH tem pouco a celebrar no Dia da Árvore: em 2018, foram 5.566 supressões e 2 mil plantios

Plantio de árvores e mudas nesta sexta (21), na Pampulha (Laura Rezende/PBH)

No Dia da Árvore, celebrado neste 21 de setembro, Belo Horizonte tem pouco a comemorar. Neste ano, até agora, já foram 5.566 supressões de espécimes na cidade, enquanto o plantio foi de 2 mil árvores, um desequilíbrio visível. Nota-se que o plantio foi feito num único espaço da cidade: na Serra do Engenho Nogueira, na Pampulha, uma área verde que a prefeitura (PBH) está reflorestando.

Nos últimos anos, de 2013 a 2017, foram suprimidas 17.990 árvores das ruas de Belo Horizonte. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA), no entanto, não informou o número, no mesmo período, do plantio de novas mudas/árvores na cidade. Se limitou a dizer que em muitos locais de supressão novas árvores não podem ser semeadas porque o espaço não é adequado e que os plantios vão sendo feitos aos poucos, de forma mais consistente.

Entre os serviços de podas, foram feitas até agora 28.310. Para executar esses serviços (podas, supressões e plantios) o orçamento previsto é de R$ 8 milhões, o dobro gasto em 2017, quando foram feitas 16.445 podas e 3.041 supressões, e aplicados R$ 4 milhões. 

Segundo a secretaria, um estudo em vigência no órgão trata da arborização correta para Belo Horizonte. Isso porque grande parte das árvores da cidade está velha e/ou foi plantada de forma e em locais incorretos, ou usando espécies que não são adequadas para o meio urbano: têm raízes muito profundas, quebram calçadas, invadem residências, entre outras questões.

De acordo com a SMMA, qualquer plantio de mudas na cidade deve seguir orientação técnica da prefeitura, inclusive as plantadas pelo cidadão. “Sem a orientação, o plantio pode ocasionar graves consequências como danos ao Patrimônio Público ou privado, ou mesmo às pessoas. Embora esse serviço possa ser solicitado em qualquer época do ano, sua execução é sazonal (ocorre somente entre os meses de setembro e fevereiro)”, esclarece a SMSA. A solicitação pode ser feita via BH Resolve, SAC WEB ou presencialmente nas regionais.

Inventário das árvores

Em 2011, Belo Horizonte deu início à produção do inventário de suas árvores, em parceria com a Universidade Federal de Lavras (Ufla). Foram catalogadas 300 mil árvores nas regiões Leste, Centro-Sul, Noroeste, Oeste e parte da Pampulha. O levantamento é feito apenas em logradouros públicos.

Entre as 10 espécies mais comuns na cidade estão a sibipuruna, a murta, o licuri, a quaresmeira, a areca, o ipê-rosa, o alfeneiro, a reseda, a pata-de-vaca e o ipê-tabaco.

A secretaria disse aguardar nova licitação para finalizar o inventário, que apenas contabiliza onde o espécime está, a largura do tronco, copa da árvore e espécie. A condição fitossanitária da árvore (se está morta, doente, se apresenta fungo, se há risco de queda) não é avaliada nesse levantamento. Esse diagnóstico é feito por técnicos da SMMA das regionais, em vistorias que podem ser solicitadas pelo cidadão pelos canais de contato com o município.

Segundo a SMSA, a capital tem mais de um milhão de árvores (contabilizando o inventário e as árvores dentro dos parques), mas como o inventário global do município não está pronto, não há como cravar o número real, embora a pasta ambiental acredite em 200 mil unidades nas ruas das regiões Norte, Nordeste, Venda Nova, Barreiro e a parte faltante da Pampulha.

 

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