Um advogado de 34 anos causou enormes transtornos após forjar o próprio sequestro para fugir do casamento, na cidade de Rio Preto, no interior de São Paulo. A noiva denunciou o caso à Policia Civil que, agora, irá investigar o caso.
O casamento iria ocorrer no início deste mês, mas, dias antes do casamento a noiva recebeu uma mensagem de um familiar do advogado informando sobre o suposto sequestro.
“A mãe do rapaz manteve contato com a noiva dizendo que ele foi sequestrado e pediu para que ela orasse, pois os sequestradores eram muito perigosos. Por isso precisava de cautela e que os fatos não fossem comunicados as autoridades até que se resolvesse a questão”, explica o delegado do caso, José Luiz Barboza Júnior.
A mulher procurou a polícia após receber uma foto do homem de costas, ajoelhado, em uma possível situação de sequestro. Quando investigadores da Polícia Civil tiveram conhecimento da situação, passaram a desconfiar que se tratasse de uma fraude.
Segundo o delegado, o noivo já era investigado em outra ação do tipo. “A forma de atuar era a mesma. Ele ludibriava as noivas, com alegações que teriam uma vida abastada, fazendo demonstrações que era ligado a organizações internacionais, como a própria Organização das Nações Unidas (ONU). A partir daí fazia com que elas pagassem despesas oriundas do matrimonio ou casuais, como viagens. Marcavam casamentos e próximo a datas das cerimônias surgiam os problemas e os casamentos não aconteciam”, explica o delegdo.
No outro caso, a vítima chegou a marcar o casamento em um hotel no Rio de Janeiro, porém o advogado alegou que, por conta de problemas de saúde, deveria transferir a cerimônia para outra data.
O homem está foragido e poderá responder por estelionato. “Estamos aguardando que ele se apresente. Ainda estamos fazendo buscas através dos endereços que a Polícia tem informação. Caso ele não se apresentar, poderemos pedir prisão preventiva. Em tese ele responderá por crime de estelionato, mas que pode se desdobrar para os crimes de falsificação documental ou falsa identidade. Só com a conclusão das investigações poderá apontar quais os crimes que ele responderá e o tempo de prisão” conta o investigador.
