Justiça determina exclusão de perfil alvo de denúncias de estelionato; investigação continua

A Justiça determinou que o Facebook exclua o perfil Sac Borella do Instagram por divulgar acusações contra um estudante de engenharia de Belo Horizonte.

A liminar foi expedida, na última quarta-feira (19), pelo juiz Geraldo David Camargo, após Rodrigo Borella descobrir a existência do perfil criado com a sigla de Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) acrescido de seu sobrenome. O autor da ação alegou sofrer acusações sobre sua conduta social e pessoal e que ambas são inverídicas.

Ainda alegou que está se sentindo incomodado devido a fotomontagens que estão sendo feitas. Ele também reivindicou que a Justiça o informe sobre os dados do criador do perfil.

Na análise do pedido, o juiz afirmou que possam ser verdadeiras as alegações por parte do estudante e determinou a retirada do perfil no prazo de 10 dias. Caso a liminar seja descumprida, deverá haver pagamento de multa diária de R$ 1 mil, limitada a R$ 10 mil.

Os dados de identificação desse processo e do autor não serão divulgados pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Sac Borella

No Instagram, o Sac Borella tem mais de 2 mil seguidores e na descrição apresenta-se, ironicamente, como um “Espaço para atendimento direto aos clientes insatisfeitos com a empresa Borella Calotes & Empreendimentos Ltda. Reclamações por DM [sigla em inglês para mensagem direta], sigilo absoluto”.

Ao Bhaz, o criador do perfil contou que já recebeu mais de 100 casos de golpes que envolvem Borella. “Por muito tempo fui amigo do Rodrigo e ele nunca conseguiu me passar a perna, mas sempre fiquei incomodado com as coisas que ele fazia com os outros. […] O que mais me assusta é que, de todas essas pessoas que ele roubou, ninguém faz nada”, escreveu.

O jovem estudante, de 20 anos de idade e residente de Belo Horizonte, é acusado por diversas pessoas da cidade no perfil. “Certa vez, no Carnaval, o caloteiro consagrado pediu 300 conto de cada integrante do grupo do whats pra alugar uma casa em Abaeté (no interior de Minas), acabou que ninguém foi. Mas quem disse que alguém viu o dinheiro de novo?”, diz uma das denúncias anônimas postadas no perfil.

Apesar da liminar favorável a Rodrigo, ele continua sendo investigado pela Polícia Civil, conforme informou à reportagem a assessoria da corporação. Das denúncias feitas contra o estudante, apenas uma foi registrada como Boletim de Ocorrência.

Com informações do TJMG

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!