Mais de 1 mil ocorrências são registradas em BH relatando desconfiança com urna eletrônica

Letícia Vianna/Bhaz

Pelo menos 1 mil ocorrências relacionadas a desconfiança com a urna eletrônica foram registradas neste domingo (7) apenas em Belo Horizonte. Os registros têm, como base, o mesmo questionamento: término da votação antes de pressionar o botão “confirma” ou do aparecimento da foto de um presidenciável ao clicar em um número.

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) deu seguidas declarações oficiais sobre o funcionamento perfeito das urnas. No entanto, centenas de eleitores belo-horizontinos se deslocaram até uma unidade policial, em diversas regiões da cidade, para registrar um Boletim de Ocorrência (B.O.).

Reclamações como a urna “apagar” após apertar os números 17, ausência do barulho tradicional ao fim da votação e a aparição de mensagem “corrigir o número” após digitar o número do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foram as mais frequentes. Em um dos casos, um eleitor de 34 anos registrou um boletim após tentar votar em dois candidatos que disputam cargos em outros Estados – e, consequentemente, não ter sucesso.

Ao Bhaz, a capitão Danúbia Lopes, porta-voz da Sala de Imprensa da corporação no TRE-MG, afirmou que os casos serão investigados pela Polícia Federal (PF) e pelo próprio tribunal. “A PM atua no entorno das seções eleitorais e quando acionada adentra no local de votação. Fazemos o B.O. com base na denúncia das pessoas. Mas a investigação para saber o que de fato ocorreu fica por conta da PF e TRE”, disse.

Ocorrências

No começo da noite foram atualizados os dados de ocorrências em todo o Estado. Até aquele momento, tinham sido 133 que resultaram em 91 conduzidos. Entre os crimes mais cometidos estão boca de urna e panfletagem. Dentre os presos estão parlamentares: sendo o prefeito de Areado, um vereador de Pompeu e São Gotardo, além de dois deputados federais e um estadual. Quatro menores também foram detidos.

Para a capitão Danúbia, esses crimes são típicos deste período do ano e estão vinculados à cultura do povo. “As pessoas que são presas realizando panfletagem indevida nos falam muitas das vezes que foram contratadas por políticos. Mesmo sabendo da proibição esses crimes são praticados”, conclui.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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