Internautas de diferentes partes do Brasil repercutem, desde o início deste domingo (7), mensagens que circulam pelas redes sociais, e por meio do WhatsApp, sobre urnas eletrônicas que estariam processando votos antes de os eleitores apertarem a tecla de confirma. Uma onda de reclamações pode ser vista principalmente no Twitter.
Diante da quantidade de publicações sobre a possibilidade de fraude nos equipamentos, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) divulgou um comunicado em que desmente a ausência de processamento de todos os votos nas urnas. O texto ainda explica que a informação falsa trata, sobretudo, do voto para presidente e que o tempo dos dispositivos varia de acordo com o modelo de cada urna.
“São utilizados diferentes modelos de urnas eletrônicas nas seções eleitorais em Minas Gerais, e a velocidade de processamento e posterior encerramento dos votos, após o eleitor apertar a tecla confirma, é diferente de acordo com o modelo da urna eletrônica”, diz um trecho do comunicado.
Está acontecendo diante de nossos olhos. Aperta a tecla “1” para presidente e aprece o indicado do presidiário! Quem souber onde aconteceu isso, favor me enviar zona e seção. @TSEjusbr pic.twitter.com/qKB82lpSUu
— Flavio Bolsonaro 177 Senador_RJ (@FlavioBolsonaro) 7 de outubro de 2018
“A urna mais atual – modelo 2015 – processa os votos mais rapidamente que a urna mais antiga – por exemplo, modelo 2008. Para comprovar, foram feitas filmagens na auditoria de votação paralela em duas urnas, uma modelo 2015 e outra modelo 2008, para que o eleitor entenda como se dá o encerramento da votação e tenha a segurança de que todos os seus votos são devidamente registrados pela urna eletrônica”, explica o TRE-MG em outro ponto.
A nota divulgada pelo órgão também fala sobre um vídeo que mostra a urna supostamente completando o voto para presidente sem que o eleitor faça o processo habitual. “Os vídeos não mostram o teclado da urna, onde uma pessoa digita o restante do voto. Não existe a possibilidade de a urna auto completar o voto do eleitor, e isso pode ser comprovado pela auditoria de votação paralela”, diz a Justiça Eleitoral no material que acompanha vídeos que mostram a diferença de tempo de votação em urnas de modelos diferentes, uma de 2008 e outra de 2015.
Mais tarde, o tribunal divulgou um vídeo mostrando, passo a passo, como foram editadas as imagens que sugerem fraude na urna eletrônica: