“Uma brincadeira sem pensar”, diz eleitor que votou com arma falsa no 1º turno

Whatsapp/Reprodução

Homem que gravou um vídeo usando uma arma para apertar os botões da urna, no domingo (7), foi identificado no Paraná e afirma ter sido uma “brincadeira sem pensar”. As imagens ganharam as redes sociais.

Em ação deflagrada na manhã de quarta-feira (10), a Polícia Federal (PF) identificou a pessoa responsável pelo vídeo divulgado no domingo, primeiro turno das eleições, em que o eleitor vota utilizando uma arma de fogo. Após realizar uma busca e apreensão no estado do Paraná, os investigadores descobriram tratar-se de uma arma falsa.

O suspeito é identificado como Maykon Santana Aníbal, que é de Cornélio Procópio, no Norte do Paraná e está sendo investigado pela PF. Aníbal disse que a ideia surgiu em um “minuto de bobeira” e reconheceu que poderia prejudicá-lo “pela vida inteira”. “Foi uma brincadeira que eu fiz na hora ali sem pensar e que acabou resultando nesse problema”, explicou. “Nunca mais [faço de novo]. Errando que se aprende, né?”, afirmou.

Neste caso do vídeo dentro da cabine de votação, com a arma falsa, o responsável responderá por crime de violação de sigilo porque a lei eleitoral proíbe o uso de equipamento de captação de vídeo e foto no momento do voto.

A PF conseguiu identificar o autor do vídeo por meio de um laudo prosopográfico que compara as características faciais, como as proporções e curvas. Os investigadores conseguiram separar uma imagem do rosto que aparece no vídeo e comparar com imagens postadas pelo suspeito nas redes sociais.

“A gente tem como chegar, é preciso que o cidadão saiba que os atos no mundo virtual também têm consequências e, se for crime, o autor da postagem será identificado. Ninguém é anônimo na rede”, afirmou o delegado Guilherme Torres, da Diretoria de Inteligência Policial da PF.

Após a identificação, a Polícia Federal pediu à Justiça autorização para busca e apreensão contra Maykon. Em sua residência, os investigadores encontraram a arma falsa e tomaram o depoimento do homem. Ele teria confessado que gravou o vídeo e alegou que estava sob influência de bebida alcoólica no momento em que votou.

A ação no Paraná foi uma das três realizadas simultaneamente pela PF para investigar e coibir crimes relacionados às eleições de 2018. As outras duas foram em São Paulo e Sergipe e miravam pessoas que gravaram vídeo incitando o ódio contra candidatos. O objetivo dos investigadores é identificar todos os responsáveis por produzir e divulgar informações que possam atrapalhar o andamento da disputa eleitoral.

 

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