Em vídeo, Bolsonaro diz que gays ‘não terão sossego’: ‘Sou homofóbico, sim, com muito orgulho’

Reprodução/Twitter

A internet foi inundada nos últimos dias com um vídeo do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) afirmando que é homofóbico “com muito orgulho” e que os homossexuais “não querem igualdades, eles querem privilégios”. O deputado federal ganhou projeção nacional após duas décadas no Congresso Nacional justamente por suas falas polêmicas.

O candidato do PSL venceu o primeiro turno após receber 49,2 milhões de votos, ou 46% entre os válidos. Fernando Haddad, postulante do PT à Presidência da República, disputará a segunda etapa com o deputado federal ao ficar em segundo, com 31,3 milhões – ou 29% dos votos válidos.

O vídeo que viralizou nos últimos dias por causa da disputa eleitoral foi gravado em 2013. A jornalista pergunta a Bolsonaro se ele acredita que a orientação sexual é definida no nascimento.

“Uma minoria nasce dessa maneira [homossexual], no meu entender. A grande maioria é comportamento”, responde. “[Antigamente] não existia essa quantidade enorme de homossexuais como temos hoje em dia. E eles não querem igualdade, eles querem privilégios. Eles querem é nos prender porque nós olhamos torto pra eles, nos prender porque nós não levantamos de uma mesa pra tirar nossos filhos ‘menor’ de idade de ver dois homens ou duas mulheres se beijando na nossa frente, como se no restaurante fosse um local pra fazer isso”, emenda.

“Eles querem é privilégios! Eles querem é se impor como uma classe à parte. Não vão encontrar sossego. E eu tenho imunidade pra falar que sou homofóbico, sim, com muito orgulho se é pra defender as crianças nas escolas”, conclui Bolsonaro, que ainda responde, a uma outra pergunta, que prefere “ter um filho viciado do que ter um filho homossexual”.

Violência

Segundo levantamento do Grupo Gay da Bahia, 445 pessoas morreram apenas em 2017 vítimas da LGBTfobia. Neste ano, o órgão, que se notabilizou como o único do país a contabilizar estatísticas sobre a violência contra a comunidade LGBT, já anotou ao menos 294 mortes até agosto.

A comunidade LGBT defende criação de leis para garantir direitos básicos e punições para crimes de intolerância cuja motivação é unicamente a orientação sexual ou identidade de gênero.

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