Roger Waters engrossa o tom após receber críticas por exibir #EleNão: ‘Não vá aos meus shows’

Reprodução/Globo

O Fantástico desse domingo (14) exibiu uma entrevista exclusiva com o músico Roger Waters de 75 anos. Considerado uma das lendas do Pink Floyd, ele falou sobre ter recebido críticas após a exibição da hashtag “#EleNão” no show que realizou no Allianz Parque, em São Paulo, na última terça-feira (9). Fãs se mostraram divididos com a manifestação política durante a apresentação.

A expressão de repúdio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ganhou força nas redes sociais ao longo das últimas semanas. No show, ela apareceu no telão enquanto a música “Eclipse” era tocada. Vaias e aplausos tomaram conta do espaço. Nas redes sociais, Waters passou a ser alvo de críticas. Fãs chegaram, inclusive, a pedir reembolso de ingressos por meio do site Reclame Aqui. Eles relatam “insatisfação” e “divergência política” nas justificativas.

Ao Fantástico, Waters engrossou o tom e mencionou internautas que foram até o página dele no Facebook para comentar que ele deveria “apenas tocar” e não se envolver em política. “Francamente, para as pessoas que comentaram na minha página do Facebook ‘cala a boca e apenas toca a música’. Se você não gosta, não entre no meu Facebook, não vá aos meus shows, ok? Se não gosta, não venha! Tudo isso é ridículo”, disse.

“Se vocês, meus fãs, acharam que músicos devem apenas tocar suas músicas… É obviamente apenas errado. Não, não devemos. Nós temos responsabilidade como políticos e também como músicos. Eu acredito que todos os artistas, não interessa qual tipo de arte você faça, todos têm responsabilidades de usar a arte para expressar ideias políticas e criar demandas em favor dos direitos humanos para todos”, comentou em outro momento.

Durante a conversa, o músico explicou que a equipe dele errou ao exibir a hashtag durante a música “Eclipse” e que ela deveria aparecer ao longo da canção “Mother”, exatamente no trecho “Mãe, devo confiar no governo?”. “É interessante porque… duas coisas aconteceram. Durante a música ‘Eclipse’ eles colocaram a hashtag que desagradou a todos. Aquilo foi um erro. Era para ter aparecido mais tarde durante a música ‘Mother’, durante a parte ‘Mother should I trust the government?’. Seria nessa parte que apareceria ‘Ele não’, aí faria sentido”, disse.

“Mas colocar no meio da ‘Eclipse’ foi um erro do meu time. Aquela parte da música era para aparecer pirâmides, lasers coloridos. Estávamos amando uns aos outros. No fim é o clímax depois da jornada longa que atravessamos”, comentou músico cuja turnê “Us + Them” é cheia de críticas políticas. No dia 21 de outubro, ele vai se apresentar no Mineirão, em BH.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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