Internautas começaram a compartilhar vídeos que mostram o nome do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) sendo rejeitado por terminais de auto-atendimento do Burger King. Contudo, ao digitar o nome de Lula, o cadastro era aceito. O vídeo viralizou nas redes sociais e levantou uma polêmica: o candidato do PSL estaria sendo boicotado pela rede de fast-food?
Em algumas lojas do Burger King, o terminal de auto-atendimento traz agilidade para a compra. Para utilizá-lo, você faz o pedido, escolhe a forma de pagamento e, no final, coloca o nome que será chamado no momento em que o pedido estiver pronto. Algumas pessoas estavam tentando finalizar o pedido com o nome de Bolsonaro, mas a máquina não aceitava.
Alguém do @BurgerKingBR poderia se manifestar sobre isso? Ou sejam imparciais ou quem apoia @jairbolsonaro não pisa mais nesse lugar! @CarlosBolsonaro pic.twitter.com/OfNuYWTtfk
— Bruno ?1⃣7⃣ (@Bminasi) 16 de outubro de 2018
Alguns internautas ficaram revoltados. “Se meu nome for Bolsonaro então não poderei comer!?!?!? Conta outra!!!”, disse uma pessoa. Outro internauta questionou o fato de ninguém ter tentado colocar, por exemplo, o nome de Fernando Haddad, outro candidato do segundo turno.
O vídeo só testou o nome de um candidato. Talvez se o “cidadão de bem” tivesse colocado o nome dos outros teria percebido isso. O Lula não é um candidato e não deveria ter seu nome retirado de lá, até porque é um apelido comum.
— Catherine ? ⌯ ?? (@ella_sand) 17 de outubro de 2018
Afinal, o Burger King rejeita ou não o nome de Bolsonaro ou Haddad? É um FATO. A rede de fast-food respondeu ao vídeo postado acima e disse que os “terminais de auto-atendimento não permitem a utilização dos nomes dos candidatos relacionados à eleição presidencial atual, a fim de evitar ruídos e discussões em nossos restaurantes”.
oi, Bruno. Tudo bom? Somos uma empresa apartidária onde todos são bem-vindos. Nossos terminais de auto-atendimento não permitem a utilização dos nomes dos candidatos relacionados à eleição presidencial atual, a fim de evitar ruídos e discussões em nossos restaurantes.(+)
— Burger King Brasil (@BurgerKingBR) 17 de outubro de 2018
O restaurante ainda disse que bloqueará outros nomes que “podem ter associações políticas”.
(+) Agradecemos o seu vídeo, e já bloqueamos outros nomes que podem ter associações políticas. Gostaríamos de reforçar que não apoiamos nenhum candidato ou partido, e que aqui todos são sempre bem-vindos!
— Burger King Brasil (@BurgerKingBR) 17 de outubro de 2018
Em nota oficial, na tarde desta quarta-feira (17), o Burguer King do Brasil divulgou um vídeo de esclarecimento:
A nota acrescenta ainda que “o Burger King do Brasil não apoia nenhum candidato ou grupo político. Segundo a rede de fast-food, os terminais de auto-atendimento não permitem a utilização do nome de qualquer candidato relacionado à eleição presidencial atual. A marca informa que a partir de agora, para evitar possíveis associações políticas, também bloqueou outros nomes que possam ser relacionados à disputa. Além disso, a mensagem padrão utilizada para evitar termos discriminatórios foi agora atualizada para considerar o cenário eleitoral atual. O Burger King do Brasil reforça que é uma empresa apartidária e que todos são sempre bem-vindos”.