Grupo Cordéis dos Cafundó faz duas apresentações em BH; confira

Área de Serviço/Divulgação

Criado em 2012 como um espetáculo artístico, o grupo Cordéis dos Cafundó se apresenta em Belo Horizonte nos dias 27 e 29. Enfocando a literatura de cordel – reconhecida como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em setembro –, o projeto realiza na próxima semana duas apresentações no Barreiro.

Os espetáculos são frutos de um trabalho feito com alunos e professores das escolas municipais Presidente Itamar Franco e Dinoráh Magalhães Fabri. “São escolas que atendem uma comunidade principalmente de ocupações e periferias. Fazemos esse trabalho, em que os próprios alunos geram cordéis e os apresentam em espetáculos. O cordel está no nosso imaginário, é uma expressão que atinge todas as almas humanas e, portanto, tem uma influência muito grande na escola, como ferramenta de cultura da literatura e da poesia”, afirma o idealizador do projeto, Rodolfo Cascão, cordelista, teatrólogo e mobilizador social que milita pela cultura popular há mais de 30 anos.

Surgido no Nordeste do Brasil, hoje o cordel está espalhado pelos quatro cantos do país. Prova disso é o projeto Cordéis dos Cafundó, realizado desde 2012 em teatros e escolas de Minas Gerais. A iniciativa é realizada pela Parangolé Arte Mobilização, na figura de seu idealizador, o artista e educador Rodolfo Cascão.

Patrimônio cultural do Brasil

No dia 19 de setembro, o Iphan reconheceu, por unanimidade, a literatura de cordel como Patrimônio Cultural Imaterial Brasileiro. Inserido na cultura brasileira pelos colonizadores portugueses, o cordel resulta da conexão entre as narrativas orais, a poesia cantada e declamada e a adaptação para a poesia de romances em prosa.

“A literatura de cordel remonta às nossas raízes ibéricas, se consolidou como uma cultura tipicamente nordestina e se espalhou pelo Brasil, único país da América Latina que a mantém viva desde a Colônia. Levantamentos mostram que, hoje, há cerca de três a quatro mil cordelistas ativos no Brasil e pelo menos 30 mil livros publicados até então. É uma literatura de muita força, que tem a ver exatamente com o conceito de patrimônio imaterial, que são os saberes enraizados no cotidiano das comunidades”, afirma Cascão.

Queijo Elétrico/Divulgação

Cordéis dos Cafundó

O Cordéis dos Cafundó começou como um espetáculo que tem como base a história da literatura de cordel e da poesia matuta, com declamações de vários autores populares. Nos entreatos, há a incorporação de manifestações artísticas, como a dança da nêga maluca, mamulengos e projeções audiovisuais numa cenografia telúrica que remetem ao universo das feiras, das quermesses e dos engenhos. Tudo ao som do Trio dos Cafundó, que acompanha o trovador em sua saga pelos recantos da alma sertaneja.

O projeto de teatro – que trabalha com artistas, produtores e grupos artísticos – já resultou em espetáculos em Governador Valadares e em Belo Horizonte, junto ao Grupo Novas Raízes, do Barreiro (cujo espetáculo, que conta a história da região em cordéis, continua em circulação), na Ocupação Eliana Silva e na Vila Cemig.

Serviço

Cordéis dos Cafundó – Apresentações no Barreiro, em Belo Horizonte
Quando? Dia 27 de outubro (sábado), às 10h; dia 29 de outubro (segunda-feira), às 19h30
Onde? 
Dia 27, no Cras Petrópolis (Rua Frederico Boy Prussiano, 137, bairro Petrópolis (ao lado da Umei);
Dia 29, no Salão da Capela Nossa Senhora Aparecida (Rua Coletivo, 66, Vila Cemig)
Quanto? Entrada franca
Mais informações? fb.com/cordeisdoscafundo

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