Zema pede fim de ‘balcão de negócios’ na Assembleia, promete transparência e ‘equipe campeã’ no governo

Zema em entrevista ao lado do vice, Paulo Brant, e de João Amoêdo, presidente do Novo (Twitter/Reprodução)

Na noite desse domingo (28), após ser anunciado governador eleito de Minas Gerais, o empresário Romeu Zema (Novo) concedeu sua primeira entrevista coletiva no bairro Santa Efigênia, na região Leste de Belo Horizonte. Natural de Araxá, no Alto Paranaíba, ele acompanhou a apuração dos votos na capital.

Durante a conversa, Zema prometeu cortar o número de cargos comissionados e trabalhar com transparência no gasto público. Segundo o governador eleito, uma equipe deve fazer contato com o governo de Fernando Pimentel (PT) e com o tribunal de Contas de Minas para alinhar a transição. O objetivo é saber sobre a situação do Estado.

“Gostaria de agradecer o povo mineiro pelo voto de confiança, que me deu nesse dia de hoje. Tivemos uma votação muito expressiva, o que comprova que as pessoas querem mudança. Eu estou muito orgulhoso de ter feito uma campanha diferente, uma campanha que não gastou R$ 1 de recurso público, o que prova que isso é possível: uma campanha que foi alicerçada em trabalho”, disse. “Muito provavelmente eu sou o primeiro governador a ser eleito em Minas sem ter apoio da classe política”, emendou. “As pessoas precisam participar mais”, ponderou.

Zema ainda não querer que a Assembleia Legislativa continue sendo um “balcão de negócios”, já que vai depender do apoio dos deputados e que espera trabalhar com diálogo. “Eu quero uma Assembleia que trabalhe ao meu lado, que vote conscientemente e que vote a favor dos mineiros. Eu estou aqui para representá-los e a Assembleia também precisa estar”, disse.

“Sempre fui uma pessoa extremamente acessível, aberta ao diálogo e humilde. Já tive milhares de funcionários e quem trabalhou comigo sabe disso. Então, vou fazer um governo escutando as pessoas, escutando a Assembleia, escutando o judiciário. Não me considero dono da verdade, nem super-herói, nem o salvador da pátria, mas acredito muito em um trabalho disciplinado e consistente”, afirmou falando sobre a equipe de transição, que vai atuar nos próximos 60 dias.

O governador eleito também falou sobre medidas impopulares ao explicar que vai pedir um levantamento de dados para “começar ciente dos problemas do Estado”. “Não tem como inviabilizar um Estado falido sem você, em alguns momentos, adotar medidas no sentido de equalizar a questão do fluxo de caixa, que é o grande problema”, ponderou.

Zema ainda explicou que vai montar uma “equipe campeã” com pessoas escolhidas a dedo, por não ter nenhum cargo prometido a ninguém, e que vai buscar com a União uma renegociação da dívida de Minas. Dois nomes foram definidos: o vereador Mateus Simões (Novo) vai coordenar a equipe de transição e o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, será consultor.

Por fim, o governador disse ter conversado com o senador Antonio Anastasia após a divulgação do resultado da votação. Anastasia teria dito que estará à disposição de Minas no Senado.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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