Ex-dançarina de Latino é citada em esquema de corrupção por receber transferências bancárias de R$ 154 mil

Reprodução/Foto: Rafael Antônio

Daniele Elise Rodrigues, de 22 anos, ex-dançarina do cantor Latino, foi mencionada em esquema de corrupção desvendado pela Operação Tritão da Polícia Federal nesta quarta-feira (31). A jovem atuou durante menos de um mês como assessora do presidente da Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo), que é responsável por gerir o Porto de Santos ligado ao Ministério dos Transportes. Ele foi detido durante a operação.

A investigação revela que a ex-dançarina, que foi assessora do presidente da estatal José Alex Oliva, recebeu um total de R$ 154 mil por meio de três transferências feitas pela empresa Capital Três, suspeita de participar do repasse de propina entre os agentes públicos e as contratadas em licitações fraudulentas. Nesta quarta, Oliva foi preso por ordem do juiz Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5.ª Vara Federal de Santos (SP).

Daniele foi nomeada assessora do diretor-presidente da Codesp em 11 de abril de 2016 e, segundo relatório da PF, “por pressão dos dos sindicatos (de servidores que atuam na estatal), que alegaram que ela não teria nenhuma experiência e exercia a função de Laguna, em Santa Catarina, ela foi destituída uma semana depois”.

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A investigação, que começou em 2017 e teve parceria da Controladoria Geral da União (CGU), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Receita e do Ministério Público Federal (MPF), mira fraudes que podem ter provocado rombo de R$ 37 milhões em licitações da estatal que administra o Porto de Santos. O magistrado mandou prender outros cinco alvos da Operação Tritão e ordenou buscas em 21 endereços em São Paulo, Santos, Guarujá, São Caetano do Sul, Barueri, Rio de Janeiro, Fortaleza e Brasília.

Além de Oliva, mais três empresários e funcionários da Codesp, como o diretor jurídico Gabriel Nogueira Eufrásio e o ex-assessor da Presidência da Codesp Carlos Antonio de Souza, foram presos por autorizar o repasse de recursos em compensações financeiras por contratos que não eram necessários, segundo divulgou a Polícia Federal. O esquema pode ser ainda maior, pois, segundo Thiago Lacerda Nobre, procurador-chefe da Procuradoria-Geral da República de São Paulo, o modus operandi retratado remonta há alguns anos, já que foi constatado patrimônio exagerado de alguns agentes públicos.

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