Uma análise feita em 35 países aponta que o Brasil ocupa agora a última posição no ranking de prestígio aos professores. De acordo com o estudo, no país, os professores são pouco respeitados, e somente 20% dos pais encorajariam os filhos a seguir a profissão.
O desempenho dos alunos, segundo o estudo, está diretamente ligado à valorização e à remuneração dos docentes. O estudo da Varkey Foundation foi divulgado nesta quinta-feira (8). A China apareceu em primeiro lugar das 35 nações analisadas, e o Brasil caiu para a última posição, com o pior rendimento.
Na última edição da pesquisa, feita em 2013, o país ocupava a penúltima posição entre os 21 envolvidos no estudo. Já a avaliação de 2018, que foi realizada em 35 países, ouviu mil pessoas entre 16 e 64 anos.
A pesquisa explica que os países que desejam ter pontuações mais elevadas na classificação mundial do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), que está atrelado à pesquisa, devem investir na valorização e salários dos docentes. O Pisa mede a habilidade dos jovens de leitura, matemática e trabalho em equipe. No Brasil, o Pisa é acompanhado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
“Respeitar os professores não é apenas um dever moral importante, é essencial para os resultados educacionais de um país. Mas ainda há muito a ser feito antes que os professores recebam o respeito que merecem”, diz Sunny Varkey, fundador da Varkey Foundation. No Brasil, o respeito aos professores é baixo: apenas 9% dos alunos respeitam os docentes.
Em uma comparação dos estudos de 2013 e 2018, os pesquisadores concluíram que o prestígio dos professores teve aumento significativo em 13 países, sendo a China com a melhor avaliação. A América do Sul teve os piores resultados, com o Brasil em último e a Argentina aparece apenas quatro posições acima.