Dono de escola de futebol é investigado por estupro de alunos em Diamantina

Polícia Civil/Divulgação

O dono e professor de uma escolinha de futebol em Diamantina, região Central de Minas Gerais, foi preso acusado de estuprar um aluno. Wellyson Luiz Félix da Silva, apelidado de Madruga, de 34 anos, muito conhecido na cidade, agora está sendo investigado pela Polícia Civil (PC) por suspeita de ser o autor de diversos estupros na cidade.

O homem é dono da escolinha de futebol Joga Bonito, que também funciona como um projeto social para meninos até 16 anos. Segundo a Polícia Civil, o suspeito levava os garotos para participar de diversos campeonatos, estava inclusive com uma viagem agendada para o fim de semana que passou, em Dom Joaquim, também na região Central do estado.

De acordo com uma testemunha, um aluno reclamou com a mãe, dizendo que o professor estaria “pegando muito nele”. Após o professor marcar um treino com o adolescente, de 13 anos, sozinho, o jovem escondeu uma câmera de celular no vestiário e flagrou tudo. A gravação foi encaminhada à Polícia Civil de Diamantina posteriormente.

Com a divulgação desse caso, outros vieram à tona. Ainda de acordo com a testemunha, o suspeito tinha diversos vídeos com outros abusos em seu computador, contudo, a polícia não confirma essa informação.

Na casa do suspeito, a Polícia Civil apreendeu mídias, pendrives, computador e outros objetos eletrônicos para serem analisados pela perícia. De acordo com a PC, “houve a prática de ato sexual explícito com uma vítima, além de haver informações de que se valia de supostos treinos individuais para praticar seus atos”.

Novas vítimas

“Após a divulgação do nome do suspeito, três novas vítimas apareceram, uma delas foi abusada há mais de 10 anos. O número de vítimas é, com certeza, muito extenso. Estão aparecendo novos casos e esperamos que apareçam ainda mais”, explicou ao BHAZ, a delegada responsável pelo caso, Kiria Orlandi.

Um amigo de uma das vítimas explicou o que um dos garotos sofreu. “O Madruga chamou ele para um treino especial, aí ele tinha que chegar uma hora e meia antes do treino normal. Ele chegava, corria, aquecia, dava voltas na quadra e alongava. No começo era ‘tudo de boa'”, conta o menino.

O amigo ainda explica que, depois, a vítima tinha que ir para o banheiro do local com o professor. “Lá no banheiro tem uma cadeira, aí ele botava o menino para fazer abdominal. Aí ele tirava a calça dele e começa a fazer os ‘negócio'”, relatou.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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