Circula pelas redes sociais uma mensagem de alerta pedindo aos consumidores que evitem consumir os refrigerantes Fanta Uva, Fanta Laranja e Coca-Cola. De acordo com a mensagem disseminada via WhatsApp, 23 pessoas estariam internadas no Hospital das Clínicas do Rio de Janeiro e de São Paulo por falta de atividade renal e por aparecimento de tumores no reto. Tudo isso por conta do consumo dos refrigerantes.
A nota é assinada por uma suposta secretária da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), Monique Freitas. E, além disso, conta com dados de uma pesquisa do Instituto Fleury que teria encontrado uma grande quantidade das substâncias tóxicas: “Fenofinol, Almeido e Voliteral”, que causariam mal aos rins e câncer.
Mas será que a mensagem é verdadeira e várias pessoas estariam internadas por conta dos refrigerantes? O BHAZ ouviu a Coca-Cola e todos os institutos citados na mensagem para conferir a veracidade do fato.
Em nota, a Coca-Cola negou que faça uso de qualquer uma das substâncias citadas no texto que circula pela internet. “A empresa Coca-Cola Brasil respeita as leis brasileiras, e todos os produtos passam por um rigoroso controle de qualidade. Os rumores de os refrigerantes causaram internação de pessoas no Hospital das Clínicas de São Paulo são falsos”, diz a marca.
Além disso, a empresa apontou que as substâncias sequer existam. “As substâncias ‘fenofinol, almeido e voliteral’, apontadas como a causa das internações, também não existem”, diz o grupo.
O Grupo Fleury, citado na mensagem, também nega que tenha feito algum estudo sobre o assunto. Em vídeo gravado, o médico e diretor clínico do grupo, Celso Granato, esclarece que as informações são falsas. “Circulam boatos de que o Fleury teria feito análise de refrigerantes e cervejas. Isso não é verdade, nós nunca fizemos este tipo de análise”, afirma.
A Sociedade Brasileira de Cardiologia explicou que a secretária, Monique de Freitas, já fez parte do quadro de funcionários das instituição, mas que ela não é responsável pela mensagem. “Era uma secretária da SBC que trabalhava na sede no Rio de Janeiro, mas não trabalha na entidade desde 2012. Em 2003, ela teve o computador invadido por hackers que roubaram a assinatura eletrônica dela e começaram a postar mensagens falsas todas relacionadas à indústria de bebidas”, diz a SBC.
O Hospital de Clínicas do Rio de Janeiro também negou as informações do texto. Via assessoria, o hospital disse desconhecer aumento de internações pelo motivo citado.
Portanto, a mensagem que circula nas redes sociais e grupos de WhatsApp é FALSA.
