Policiais federais cumprem, desde o início da manhã desta terça-feira (11), mandados de busca e apreensão contra o senador mineiro Aécio Neves (PSDB) e a irmã dele, Andrea Neves. A operação é realizada em Belo Horizonte e na região metropolitana da capital, além de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Um primo do ex-governador de Minas, Frederico Pacheco, também está na lista de alvos das ordens judiciais.
A ação da Polícia Federal faz parte do inquérito 4519, que tem o ministro do STF Marco Aurélio como relator. De acordo com a corporação, Aécio Neves comprou apoio político do partido Solidariedade por R$ 15 milhões. Empresários paulistas teriam ajudado com doações de campanha e caixa 2, por meio de notas frias. O inquérito apura crimes de corrupção supostamente cometidos por Neves, com base em delações de Joesley Batista e Ricardo Saud, ambos da J&F. Os dois relatam ter repassado propina de quase R$ 110 milhões ao senador.
Além de Aécio Neves, da irmã e do primo dele, são investigados ainda Paulinho da Força, deputado federal e presidente do Solidariedade, a deputada federal Cristiane Brasil (PTB), o senador Agripino Maia (DEM-RN) e o deputado federal Benito da Gama (PTB-BA).
Por meio de nota enviada à imprensa, a assessoria do senador Aécio Neves explica que ele esteve à disposição para prestar “todos os esclarecimentos necessários que mostrarão a absoluta correção de todos os seu atos”. Veja o posicionamento abaixo na íntegra:
“O Senador Aécio Neves sempre esteve à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários que mostrarão a absoluta correção de todos os seus atos.
É preciso que se esclareça que os recursos referidos pelos delatores da JBS são as contribuições eleitorais feitas à campanha do PSDB em 2014 e devidamente registradas na Justiça Eleitoral.
Somam-se a esses valores contribuições legais feitas a outros partidos políticos. A medida é, portanto, desnecessária já que o Senador é o maior interessado no esclarecimento de todos os fatos.
Alberto Zacharias Toron
Advogado”.