Mineiros indo à praia, atenção: Fiocruz alerta para possível epidemia de chikungunya no Rio de Janeiro

Divulgação/Fiocruz

Mineiros que planejam curtir o verão nas praias badaladas do Rio de Janeiro, atenção. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e órgãos de saúde do estado fluminense emitiram nesta quarta-feira (12) alerta de que o Rio pode enfrentar uma epidemia de chikungunya neste verão. De janeiro até outubro deste ano, já foram registrados cerca de 37 mil casos da doença no estado, sendo que no mesmo período de 2017 foram notificados apenas 4.425 casos.

O transmissor da doença é o fatídico Aedes aegytpi, o mesmo da dengue, do zika vírus, da febre do Nilo e até da febre amarela. O mosquito não mede nem um centímetro, vive apenas 30 dias e causa muito estrago, além de uma legião de mortes em todo o Brasil, anualmente.
Para o coordenador de Vigilância e Saúde do laboratório de referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio, o aumento de casos de chikungunya representa um desafio para o estado do Rio de Janeiro, que vem enfrentando dificuldades políticas e econômicas.

“Estamos falando de uma doença relativamente nova no Brasil e também no Rio de Janeiro. Boa parte dos profissionais de saúde formados há mais de cinco anos certamente não teve contato com informações relativas a chikungunya. Então, nós temos um desafio adicional que é capacitar esses profissionais de saúde de várias categorias que irão fazer o atendimento”, disse o coordenador.

A doença

A chikungunya é uma doença viral, que começa com febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo corpo e muita dor nas juntas (joelhos, cotovelos, tornozelos, etc), em geral, dos dois lados, podendo também apresentar, em alguns casos, manchas vermelhas ou bolhas pelo corpo.

O quadro agudo dura até 15 dias e cura espontaneamente. Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas juntas que duram meses ou anos. As informações são do Ministério da Saúde.

Como evitar?

Para evitar a chikungunya, dengue, zika vírus e as febres, a única solução é eliminar o mosquito Aedes. As pessoas precisam se conscientizar da importância de adotarem atos simples em casa, como retirar água parada de vasos, pneus e outros recipientes; limpar os pratinhos (onde a larva pode manter o vírus encubado por até um ano, sem eclodir); e retirar de circulação qualquer objeto que possa manter água de chuva e servir de reservatório para os mosquitos.

Usar repelentes também é indicado.

Febre amarela também é ameaça

No Rio de Janeiro, o período de maior risco de transmissão é entre janeiro e maio. “A orientação é para a pessoa com febre súbita e elevada procure um posto de atenção à saúde para que seja feita avaliação. Os grupos de risco de chikungunya são: crianças e pessoas mais idosas, principalmente aquelas que têm doenças crônicas associadas”, diz o subsecretário de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, Alexandre Chieppe.Ele também explica que há uma preocupação com o aumento de casos de febre amarela durante o verão, já que a população do estado do Rio ainda não está devidamente vacinada. Neste ano, 268 casos já foram registrados.

“Estamos muito preocupados com a possibilidade de enfrentarmos, neste verão, os mesmos fatos que ocorreram com a febre amarela no mesmo período de 2017 para 2018. Por isso a Fiocruz, que é a fabricante da vacina contra febre amarela, faz o apelo para que a população não vacinada procure as unidades de saúde para se vacinar, que é a forma mais segura de evitar a doença”, explicou.

Com informações da Agência Brasil

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