Bebê de BH nasce com mecha branca no cabelo e viraliza com comparações: ‘Parece a Vampira do X-Men’

Arquivo Pessoal/Paula Brandão

A bebê Maiah de apenas 26 dias mal chegou ao mundo, mas já chama atenção por uma característica inusitada. Filha da publicitária Talyta Youssef, de 40 anos, e do professor de kaitesurf Maycon Oliveira, de 30, a menina nasceu com uma condição genética e hereditária chamada de piebaldismo, que a faz se destacar: em meio aos cabelos pretos, ela conta com um feixe capilar totalmente branco. E, nesta semana, a aparência da pequena caiu nas graças de internautas de diferentes partes do país, mas principalmente de belo-horizontinos, por conta de fotos publicadas nas redes sociais. Vem ver os cliques (e tente não se apaixonar também).

A fotógrafa Paula Beltrão, de 40 anos, foi a responsável por registrar em imagens os primeiros dias de vida de Maiah. Ao BHAZ, ela contou nesta quinta-feira (13) ter ficado impressionada com a aparência da bebê. “Eu ia fazer fotos do parto da Talyta, mas a equipe médica não autorizou e, assim que ela nasceu, fizemos o ensaio”, explica. “Eu me encantei absolutamente com a Maiah. Além de ter a mexa branca no cabelo, ela é uma bebê grande e muito tranquila. Dormiu durante todo o ensaio”, conta. “Acho que as fotos fizeram esse sucesso todo porque as pessoas estão carentes de coisas bonitas, felizes”, pondera ao falar da repercussão dos cliques na web.

 

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20.11.18 O dia em que nascemos! Uma mãe, um pai e uma sementinha de amor! Que você cresça cheia de Deus no coração minha filha. Que Ele lhe guie pelo caminho do bem e que você encontre a felicidade onde buscar. Eu e seu pai sempre estaremos ao seu lado quando olhar ao redor. Voe alto minha passarinha! Foram 24 horas desde o início do trabalho de parto. Foi longo, foi intenso, foi lindo e após orientação da equipe, seguimos para uma cesariana intraparto. Durante algum tempo me preparei para o parto natural, me informei, li, assisti a vídeos, conversei a respeito e após tudo isso, entendi que dá certo também quando seus planos não acontecem como planejado! Mesmo me preparando, sempre tive em mente que eu teria o parto que precisasse ter. A Mayah nasceu saudável, forte, em um ambiente de respeito. Deus é bom o tempo todo! Obrigada por tudo, obrigada por tanto ??? À equipe do @hospitalsofia, muito obrigada! Vocês fazem milagres diários #somossofia. @lena.bezerra , obrigada por me emprestar sua força e não me deixar desistir. @feibrahim, seu apoio e disponibilidade 24 horas por dia desde que soube da minha gravidez foi inacreditável, amo vc. Amor, obrigada por não me deixar duvidar de mim, por segurar minha mão, por cuidar de mim, por ser um pai e marido tão zeloso e amoroso. Te amo além da vida ❤ que Deus abençoe nossa pequena família ❤

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A felicidade de Paula só não é maior do que a de Talyta. A mãe da garotinha explica que ela e a avó de Maiah também possuem piebaldismo. A diferença, no entanto, está no fato de que a publicitária, que também é produtora de eventos, sofreu bastante ao longo da vida por conta da condição. “Eu sofri muito bullying, cheguei a cortar o cabelo e deixava de usar algumas roupas por conta disso. Aprendi que era diferente, mas com a Maiah não será assim”, conta. “Tenho percebido uma onda de amor e ternura em volta da minha filha, ela será criada para entender que é especial, que a condição não pode afetar a autoestima dela”, explica.

Talyta diz ainda que sempre soube das chances de a filha nascer com o piebaldismo, mas que foi uma surpresa vê-la. “Eu e meu marido nos olhamos e repetimos uma brincadeira que fazíamos ao longo da gestação. ‘Ela nasceu pintadinha’, repetimos ao mesmo tempo. A gente amou, é uma característica única, marcante”, pondera. “No hospital também foi muito legal, todo mundo passava pelo quarto e pedia para vê-la”, afirma a belo-horizontina, que já sabe todos os cuidados que deve tomar para que a filha se desenvolva bem e saudável.

“Desde pequena eu sempre tive os cuidados, aprendi a passar protetor solar no corpo todo. O cuidado maior é em relação ao sol, já que o que ocorre é uma despigmentação da parte branca, nesse caso o cabelo. É uma condição que não sofre alterações ao longo do desenvolvimento, nasceu com a mancha e a mancha não se altera”, conta a mulher.

Para a publicitária, a repercussão das fotos da filha ainda ensinou a ela uma lição. Contrária a se expor nas redes sociais, a mãe diz ter entendido que mostrar a condição pode ajudar outras pessoas, principalmente a aquelas que não têm informações sobre o piebaldismo. “Muita gente desconhece, podem achar que é algo grave, por isso também é legal levar informação”, diz.

Comparações

Se você conhece um pouco de cultura pop, certamente associou a aparência de mãe e filha a personagens clássicos do cinema e dos quadrinhos. De Cruela, dos 101 Dálmatas, passando por Vampira e Tempestade, dos X-Men, até a Mortícia da Família Addams, as comparações eram frequentes com Talyta. E, ao que parece, não será diferente com Maiah.

“Eu e o pai dela estamos nos divertindo bastante com os comentários e piadas. Eu escutei muito por conta do meu caso e agora acho o maior barato. As pessoas comentam em tom de brincadeira e de forma respeitosa, então é tranquilo”, conta. “Já vi várias piadas ao longo desses dias. ‘A filha da Vampira nasceu’, ‘Um cosplay pronto’ e ‘Parece a filha do Ximbinha’ [Calypso] são algumas das que mais me chamaram atenção”, diverte-se a mãe.

Piebaldismo

O piebaldismo é uma condição genética e hereditária que afeta a produção de melanina, pigmento que dá cor à pele. Os portadores apresentam partes do corpo com despigmentação, que pode variar desde o cabelo até a pele, e as áreas afetadas não crescem ao longo da vida. É importante ressaltar ainda que a condição não é contagiosa, mas exige cuidados principalmente em relação ao sol. É preciso proteger as partes despigmentadas para que o risco de aparecimento de doenças relacionadas à exposição solar seja menor.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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