Anvisa proíbe quatro novas drogas sintéticas distribuídas sob forma de selo, pó ou comprimido

Novas drogas são similares ao ecstasy ou podem ser aplicadas em blotters (papéis de alta absorção) (Obid/Divulgação + Youtube/Reprodução)

Quatro novas substâncias ilícitas foram proibidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As drogas sintéticas identificadas causam efeitos alucinógenos e já foram apreendidas pela Polícia Federal e por algumas polícias civis, sob a forma de selos, pó ou comprimidos. As substâncias são classificadas como 25B-NBOH, 25C-NBOH, 25E-NBOH e 25H-NBOH.

Essas drogas apresentam estrutura molecular e efeitos similares aos de outras já conhecidas e proibidas, como os alucinógenos LSD e NBOMe (também conhecido como N-bomb ou Smiles), que apresentam alto potencial para uso abusivo, representando risco à saúde dos usuários.

A identificação dessas drogas gerou a publicação da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 254/2018, da última segunda-feira (10), que atualizou a lista de substâncias proibidas no país, descrita no anexo I da Portaria 344, de 1998. A portaria é da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e trata do regulamento técnico sobre produtos que exigem controle especial.

Novas substâncias psicoativas

As drogas proibidas pela Anvisa são identificadas como novas substâncias psicoativas (NSPs), da classe das feniletilaminas, e não apresentam nenhum uso medicinal reconhecido.

Conforme a definição adotada pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (United Nations Office on Drugs and Crime – UNODC), as NSPs são moléculas desenhadas, em sua maioria, para fins ilícitos e com o objetivo de evadir as medidas aplicadas às substâncias já controladas. Elas apresentam efeitos similares aos de outras drogas, como Cannabis, cocaína, heroína, LSD, ecstasy ou metanfetamina.

Os usuários desses produtos ficam expostos a altos riscos e a efeitos imprevisíveis, como convulsões, psicose aguda, dependência e morte. Ainda há pouca informação científica disponível sobre as NSPs. Isto porque, geralmente, a real composição do produto consumido é mascarada ou desconhecida, pois pode ser vendido com o mesmo nome da droga cujo efeito busca imitar.

As NSPs têm proliferado em velocidade alarmante e sem precedentes, tornando-se um fenômeno global – 111 países de todas as regiões do mundo (inclusive o Brasil) já reportaram ao UNODC o aparecimento de pelo menos uma delas. Entre 2009 e 2017, foram identificadas 803 moléculas diferentes em todo o mundo.

Da Anvisa

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