Dois túneis, canal de macrodrenagem e estrutura hidráulica de confluência são algumas das intervenções que têm como objetivo solucionar os alagamentos na região da avenida Vilarinho, em Venda Nova. O projeto foi apresentado pelo Comitê Estratégico de Emergência, nesta quarta-feira (19), na Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).
Orçado em R$ 300 milhões, o projeto começará a amenizar os problemas da região assim que as obras tiverem início, segundo o prefeito Alexandre Kalil (PHS). As obras devem começar em julho de 2019 e terão duração de um ano e meio. “Imediatamente após a assinatura do contrato as obras começarão. Conversamos com técnicos e a partir do início das intervenções o problema será amenizado na região”, disse Kalil.
O chefe do Executivo ainda apontou que seguindo o cronograma a licitação da obra estará disponível a partir de março. Outro ponto destacado é de que as obras serão subterrâneas o que evitará a necessidade de desapropriações e interdições de vias. “Tivemos esse cuidado [desapropriações], pois estamos sofrendo com a [Via] 710”, ponderou.
Túneis
O projeto apresentado por Mário Rui Rodrigues Vieira, coordenador de projetos da Engesolo, aponta que dois túneis serão construídos próximo ao Habibs, local que concentra maior volume de água durante fortes chuvas, no entroncamento com a avenida Doutor Álvaro Camargos. O primeiro será de 806 m de extensão e terá capacidade de vazão de 160 m³/s, já o outro em seus 703 m possibilitará vazão de 145 m³/s.
As águas vindas do córrego Vilarinho passarão pelos túneis com destino ao córrego Floresta. Os túneis são as principais apostas da PBH para solucionar o problema na região. “Se não resolver definitivamente, o Vilarinho passará a não ser notícia, pois vai molhar somente a sola do sapato”, disse o prefeito.
Kalil comentou que o projeto hidrológico, desenvolvido para as obras, deve comportar uma chuva que ocorra a cada 100 anos. O secretário de Finanças, Fuad Nomam disse que o prefeito assegurou que não faltará recursos para as obras e que empréstimos serão realizados pela PBH e junto ao governo federal.
