O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), afirmou que o 13º salário “não será pago tão cedo” aos servidores de Minas Gerais. Essa foi a primeira declaração do governador sobre o assunto após tomar posse e aconteceu durante entrevista ao Bom Dia Minas, da Rede Globo, desta quarta-feira (2).
O chefe do Executivo mineiro disse que a gestão do petista Fernando Pimentel não possibilitou que sua equipe tivesse acesso aos dados financeiros do Estado e que, por conta disso, não sabe o déficit que encontrará. “A partir de hoje vamos abrir o baú e não sabemos se ali dentro tem aranha, escorpião ou cascavel. Nós sabemos que a situação é extremamente delicada”.
Justificando o não pagamento do 13º neste momento, Zema apontou a situação financeira enfrentada por prefeituras em diversas regiões de Minas. “Com certeza esse 13º não será pago tão cedo. Não que nós não gostaríamos de fazer isso, mas por impossibilidade. Vale lembrar que nós temos prefeituras, principalmente na região Nordeste do Estado, no Vale do Mucuri e Jequitinhonha, que já estão atrasando o pagamento de professores há três, quatro meses, que estão sem receber. Então vamos ter que priorizar aquilo que é mais grave. Não é uma decisão fácil, lamento muito”, explicou o governador.
No final de dezembro, o governo de Fernando Pimentel confirmou que o pagamento do 13º salário não seria pago em 2018, ficando, assim, para a gestão de Zema. A Assessoria de Relações Sindicais (ARS) afirmou que todos os esforços financeiros foram feitos.
“Foi aguardado até o último momento um crédito de R$ 200 milhões, por parte do Governo Federal, referente à ‘compensação financeira em função da perda de receita decorrente da desoneração de ICMS sobre exportações de bens e da concessão de créditos nas operações anteriores’, aprovada no Congresso Nacional (PLP 511/2018). O Governo Federal informou que este crédito só será repassado em 2019”, dizia a nota da administração.
