Mulher desaparece em porta de boate de BH e filha recebe mensagem enigmática

Arquivo pessoal

Um misterioso caso de desaparecimento, ainda, sem desfecho agoniza uma jovem pernambucana de 20 anos, moradora de Belo Horizonte. A mãe dela, uma mulher de 39 anos, desapareceu em novembro de 2017 na porta de uma boate da capital mineira e, desde então, ela não tem notícias nem mesmo das investigações da Polícia Civil – e se viu obrigada a ter de morar em uma ocupação. Uma misteriosa pista deixa a jovem ainda mais aflita.

As duas, mãe e filha, nasceram em Pernambuco e vieram a Belo Horizonte em 2013, à procura de uma vida melhor. Cicera Maria de Assis trabalhava como cabeleireira durante o dia e, para complementar a renda, era funcionária da boate Stop Girls, na avenida Amazonas, no bairro Barro Preto, região Centro-Sul de BH. A mulher, então com 38 anos, foi vista pela última vez no dia 28 de novembro de 2017.

“Tinha combinado de encontrar com a minha mãe na porta da boate antes de começar o turno, por volta das 23h. Cheguei ao local, conversei com os funcionários, mas ninguém soube dar informação alguma”, relata ao BHAZ Alice Assis Guimarães, de 20 anos, filha de Cicera. Desesperada, ela insistiu por vários dias falar com a mãe pelo telefone e, em uma das tentativas, recebeu uma misteriosa mensagem.

“Eu cheguei a ligar para a minha mãe, mas só me responderam com uma mensagem: ‘Eu não posso atender, mas estou bem’. Eu sei que não era ela, pois a gente só conversa por áudio. A partir daí, o celular só dá desligado”, diz Alice.

Dificuldade

A jovem critica a postura da Polícia Civil, responsável por investigar o sumiço da mãe. “A polícia não fala nada. Eu sempre ligo, mas não me dão nenhum retorno. Não quiseram ir atrás de filmagens, rastrear conversa, qualquer coisa”, afirma. Procurada pelo BHAZ, a assessoria da polícia se limitou a informar que “as investigações estão em andamento”.

Mesmo já passado mais de um ano, Alice ainda sonha em reencontrar a mãe. “Consegui recuperar o meu número antigo de celular, pois é o único que ela gravou de cabeça. Fico sempre por perto do meu telefone, tenho fé que um dia essa ligação vai chegar, vamos nos ver de novo e isso tudo vai acabar”, desabafa.

Polícia Civil/Divulgação

A jovem e Cicera moravam em uma casa na região do Barreiro, onde Alice já voltou diversas vezes para esperar pela mãe. Atualmente, sem emprego e renda fixa, a filha vive na ocupação Vicentão, no Centro de BH. “Vendo meus brigadeiros e faço alguns trabalhos como modelo para poder me sustentar sem a minha mãe”, completa.

Quem tiver qualquer informação sobre o paradeiro dela, favor entrar em contato com a Alice pelo telefone (31) 98875-3443, e com a Polícia Civil, pelo 0800 2828 197.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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