Motorista da Uber estupra passageira e anota perfil do Instagram no corpo da vítima

Divulgação/Polícia Civil de Goiás

A Polícia Civil de Goiás prendeu um homem de 41 anos pelo estupro de uma jovem, de 22, em Goiás, no sábado (12). Motorista do aplicativo de transporte Uber, ele aproveitou que a vítima estava embriagada, e sem condições de se defender, para cometer o crime. Além disso, anotou o perfil dele no Instagram no corpo da passageira – que foi deixada nua na rua de casa.

O crime ocorreu na madrugada do dia 11, quando a vítima deixou uma reunião com amigos e embarcou no carro. Uma outra participante da festa foi quem solicitou a viagem, já que a vítima havia bebido. No mesmo dia, durante a tarde, a jovem procurou a delegacia visivelmente transtornada e relatou o ocorrido. Ela passou por exames periciais e as autoridades pediram a prisão preventiva do autor do crime, que também teve o carro apreendido para ser periciado.

A delegada responsável pelo caso, Ana Elisa Gomes, da 1ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Goiânia, afirma que o investigado, além de trabalhar como motorista da Uber, é coordenador de um órgão de assistência social na região metropolitana de Goiânia, uma unidade que trabalha com assistência a pessoas em situação de vulnerabilidade.Ainda de acordo com a delegada, o motorista já foi encaminhado para o Centro de Progressão Penitenciária (CPP). Ele deve responder por estupro de vulnerável.

A Secretaria de Assistência Social de Aparecida de Goiânia disse, por meio de nota, que exonerou o homem da função ocupada por ele desde maio de 2017. A Uber, por sua vez, divulgou uma nota em que diz repudiar “qualquer tipo de comportamento agressivo contra mulheres” e que o motorista foi banido da plataforma logo que a denúncia foi feita. Veja na íntegra abaixo.

Uber

“A Uber lamenta o crime terrível que foi cometido. Nenhum comportamento criminoso é tolerado e o motorista foi banido do aplicativo assim que a denúncia foi feita. A Uber repudia qualquer tipo de comportamento abusivo contra mulheres e acredita na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência. Nenhuma viagem com a plataforma é anônima e todas são registradas por GPS. Isso permite que, em caso de necessidade, nossa equipe especializada possa dar suporte às autoridades, sabendo quem foi o motorista parceiro e o usuário, seus históricos e qual o trajeto realizado, além de acionar seguro que cobre despesas médicas em caso de incidentes.

É importante esclarecer que todos os motoristas parceiros cadastrados na Uber passam por uma checagem de antecedentes criminais realizada por empresa especializada que, a partir dos documentos fornecidos para cadastramento na plataforma, consulta informações de diversos bancos de dados oficiais e públicos de todo o País em busca de registros de crimes ou infrações que possam ter sido cometidas. No caso específico, a empresa solicitou que uma rechecagem da verificação sobre o ex-motorista fosse feita, para entender o que pode ter ocorrido.

A empresa está à disposição para colaborar com as autoridades no curso da investigação ou de processos judiciais, nos termos da lei. Todavia, independentemente da gravidade do caso, a Uber só pode compartilhar dados respeitando a legislação aplicável, em especial o Marco Civil da Internet. O Marco Civil da Internet é a lei federal que regula qualquer tipo de compartilhamento de dados no Brasil e proíbe o compartilhamento de dados pessoais com terceiros, exceto nos casos expressamente previstos em lei.

A empresa defende que as mulheres têm o direito de ir e vir da maneira que quiserem e têm o direito de fazer isso em um ambiente seguro. Como parte desses esforços, em novembro a Uber anunciou um compromisso público para enfrentamento à violência contra a mulher no Brasil, materializado no investimento de R$ 1,55 milhões até 2020 em projetos elaborados ao longo dos últimos 18 meses em parceria com nove entidades que são referência no assunto: Associação Mulheres pela Paz, AzMina, Rede Feminista de Juristas (deFEMde), Força Meninas, Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Instituto Igarapé, Instituto Patrícia Galvão, Instituto Promundo e Plan International Brasil”.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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