Ministro do STF suspende investigação sobre Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro

Flávio Bolsonaro e seu ex-assessor Fabrício Queiroz, simulando arma de fogo com as mãos (Facebook/Reprodução)

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL), e mandou suspender provisoriamente a investigação instaurada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro para apurar movimentações financeiras de Fabrício Queiroz, considerada “atípicas” pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Queiroz é ex-assessor do gabinete do deputado e, ao que tudo indica, amigo pessoal da família Bolsonaro.

Fux, que responde pelo plantão judicial do Supremo até o início do mês que vem, suspendeu a investigação até análise do relator, ministro Marco Aurélio Mello, que retorna do recesso do Judiciário no dia 31.

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Eduardo Gussem, chegou a dizer que poderia apresentar denúncia mesmo sem os depoimentos de Queiroz e Flavio Bolsonaro. Com a decisão de Fux, isso não pode mais ser feito.

Responsável pelo procedimento de investigação criminal sobre o caso, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) disse – por meio de nota – que, “pelo fato do procedimento tramitar sob absoluto sigilo, reiterado na decisão do STF, o MPRJ não se manifestará sobre o mérito da decisão”.

Entenda

O nome de Fabrício Queiroz consta em um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeira (Coaf) que aponta uma movimentação atípica de R$ 1,2 milhão em uma conta em nome do ex-assessor de Flávio Bolsonaro;

O documento integrou a investigação da Operação Furna da Onça, desdobramento da Lava Jato no Rio de Janeiro, que prendeu 10 deputados estaduais no início de novembro e revelou também movimentação de outros 74 servidores e ex-servidores da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj);

Queiroz recebia da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro um salário de R$ 8,51 mil e acumulava rendimentos mensais de R$ 12,6 mil da Polícia Militar. Ele foi exonerado do gabinete do deputado Bolsonaro em 15 de outubro.

Queiroz não comparece a depoimentos

O MPRJ marcou duas vezes o depoimento de Queiroz. Ele não compareceu, justificando problemas de saúde. A mulher Márcia Oliveira de Aguiar e as filhas dele Nathália Melo de Queiroz e Evelyn Melo de Queiroz também faltaram ao depoimento, alegando que o acompanhavam em tratamento em São Paulo.

Na semana passada, Flávio Bolsonaro afirmou – por meio das redes sociais – que se comprometia a comparecer para prestar esclarecimentos em novo dia e horário. Como parlamentar, ele tem a prerrogativa legal de combinar previamente a data e horário para depor.

Com informações da Agência Brasil 

 

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