Mineirão barra faixas de protesto à Vale e apoio a Brumadinho, e frustra cruzeirenses

Facebook/Reprodução

O Mineirão recolheu faixas de protesto à Vale e em apoio às vítimas de Brumadinho, que foram exibidas durante o jogo contra o Tubynambás, pelo Campeonato Mineiro, nesse domingo (10). Os torcedores cruzeirenses reclamam da ação. Segundo a assessoria do Mineirão, “existe um procedimento padrão, já de conhecimento da torcida, para a entrada de faixas no estádio”.

Na imagem, é possível ver um funcionário do Mineirão com as faixas nas mãos após ter retirado os objetos da arquibancada. De acordo com o presidente da torcida Comando Rasta, Robert Rafael da Fonseca, as faixas foram produzidas de última hora, por isso não foi possível um aviso prévio ao estádio.

“Foi um ato de última hora, um acontecimento recente, então não deu tempo de avisar. Somos muito ligados a essas causas fora de campo, além do futebol. Resolvemos fazer esse manifesto em solidariedade às vítimas para que isso não caia no esquecimento, igual houve com Mariana, infelizmente”, explica o presidente da torcida.

Segundo relato de Fonseca, as faixas passaram pela revista do Mineirão. “Uma das faixas não foi aprovada, a que tem o logo da Vale. A gente aceitou, e deixou fora do estádio. Entramos normalmente com as outras. Poucos minutos antes do jogo começar, a gente teve que recolhê-las. Ficamos chateados, pois nos sentimos lesados”, conta. “Não foi nada ilegal, não entramos com nada escondido”, complementa.

Mineirão se posiciona

Ao BHAZ, o Mineirão disse que “existe um procedimento padrão, já de conhecimento da torcida, para a entrada de faixas no estádio que não sejam as de manifestações festivas alusivas a partida”. A assessoria do estádio ainda disse que “vale reiterar que o Mineirão tem mantido constante contato com as autoridades responsáveis pelo apoio às vítimas envolvidas na tragédia de Brumadinho e já promoveu uma grande mobilização que arrecadou mais de 10 toneladas de doações para a cidade”.

Divulgação

No caso desta faixa, o Mineirão disse que “não haveria restrição da nossa parte, mas não cabe ao agente de segurança tomar esta decisão no portão de acesso. Por esse motivo, é importante a apresentação prévia e a avaliação caso a caso, justamente, para evitar situações como esta”.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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