O Vaticano anunciou nesta segunda-feira (18) como será o encontro “A proteção das crianças na Igreja”, que discutirá denúncias de abusos cometidos por religiosos contra crianças e adolescentes. O evento será realizado entre os dias 21 e 24, com abertura e encerramento pelo papa Francisco. Participarão representantes de conferências epicospais de 130 países e integrantes de grupos de vítimas.
O secretário da Congregação para a Doutrina da Fé e membro da Comissão Organizadora, arcebispo de Malta Charles J. Scicluna, disse que o silêncio é inaceitável. “A negação é um mecanismo primitivo, mas devemos nos afastar do código de silêncio, quebrar a cumplicidade, porque o silêncio não é aceitável”.
O arcebispo destacou que, quando se trata de “proteger a inocência”, não é possível desistir. “A Igreja é um lugar seguro para todos, especialmente as crianças”, ressaltou. Segundo Scicluna, “não basta publicar os números, é preciso um estudo aprofundado para dar um contexto”.
O encontro ocorre dias depois de o papa Francisco expulsar o ex-cardeal e arcebispo emérito de Washington (EUA), Theodore McCarrick, de 88 anos, acusado de abuso sexual.
Organização
Pela organização do encontro, os três dias de discussão serão dedicados a um tema específico: a responsabilidade dos bispos. Os participantes vão assistir três reportagens por dia, seguidas de perguntas e respostas e trabalhos em grupo.
Haverá ainda testemunhos dos sobreviventes e momentos de oração, na abertura e no encerramento do dia. O papa Francisco abrirá os trabalhos com uma introdução e os fechará no domingo com um discurso após a missa.
Da Agência Brasil