Tatuador será transferido de presídio para garantir integridade física; duas adolescentes estão entre as vítimas

Reprodução/Instagram + Divulgação/PMMG

O tatuador Leandro Caldeira, apontado como autor de abusos sexuais contra pelo menos 15 mulheres que frequentavam seu estúdio, o Tattoo Reggae Studio, será transferido de presídio por uma questão de segurança. De acordo com a delegada do caso, Larissa Mascotte, o presídio de Lagoa Santa, na Grande BH, local onde Leandro está preso, pediu a mudança visando a integridade do tatuador.

Ele foi preso no domingo (31) na mesma cidade da região metropolitana de BH, onde estava escondido na casa de amigos. Ele estava foragido desde a última quinta-feira (28). Leandro foi levado para a Delegacia de Plantão de Vespasiano e, depois, para o presídio de Lagoa Santa. A polícia não divulgou para onde o tatuador será levado.

De acordo com a delegada, até o momento, 15 vítimas e cinco testemunhas foram ouvidas. Contudo, o número de casos pode aumentar, já que uma mulher será ouvida ainda nesta segunda-feira (1º) e outras duas nesta terça (2). Outras possíveis vítimas também entraram em contato com a delegacia.

Dentre os casos já levantados pela polícia, duas vítimas eram adolescentes na época dos abusos. Os crimes variam entre os anos de 2008 e 2019, mas a maioria dos casos foi registrada a partir de 2013.

O tatuador vai responder pelo crime de violação sexual mediante fraude, previsto no artigo 215 do Código Penal. “A ação também é conhecida como estelionato sexual, que é quando há conjunção carnal ou ato libidinoso mediante fraude ou outro meio que dificulte a livre vontade da vítima. Neste caso, o tatuador aproveitou da situação para enganar as mulheres aproveitando do procedimento das tatuagens para praticar os atos. Sendo assim, as vítimas foram enganadas”, explica a delegada.

As denúncias contra Leandro vieram a público após a ex-candidata ao Senado, ativista e professora, Duda Salabert, fazer uma enquete em sua rede social questionando se as mulheres já sofreram abuso em estúdios de tatuagem. Com isso, segundo Salabert, mais de cem mulheres entraram em contato relatando casos de abusos, 40 delas citaram o estúdio.

Ainda de acordo com a delegada, o tatuador ainda não foi ouvido. Contudo, as provas colhidas são subjetivas e baseadas nos depoimentos dados até o momento. “O que foi colhido até o momento é suficiente, pois, esse tipo de delito sexual costuma ocorrer longe de testemunhas e sem deixar vestígios. Além disso, os depoimentos têm muitos pontos em comum sobre a ação do tatuador”, ressalta.

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