Mãe denuncia escola em BH por negar socorro ao filho de 7 anos: ‘Indignação total’

Reprodução/Facebook

Uma mãe denuncia uma escola da rede estadual em Belo Horizonte por negar socorro médico ao filho de 7 anos após a criança cair na instituição de ensino. O caso ocorreu na última quinta-feira (25) na Escola Estadual Jornalista Jorge Paes Sardinha, no bairro Paquetá, na região da Pampulha.

Em conversa com o BHAZ, a promotora de vendas, Sulamita Rodrigues dos Santos, disse que recebeu ligações da direção da escola, mas que acabou não atendendo, pois não as viu. Quando chegou à escola por volta das 16h, foi informada de que o menino tinha caído e que precisava de atendimento médico. “Quando vi meu filho com a boca cheia de sangue e com dois dentes dependurados levei um susto e imediatamente fui embora com ele”, conta.

No dia seguinte, Sulamita procurou a direção para saber o motivo da criança não ter sido levada ao hospital, assim que caiu. “Primeiro eles me disseram que o M. teve uma queda, após ser empurrado por um colega, mas isso eu nem queria saber. Indignação total por eles não terem socorrido meu filho e também queria saber o por que disso. Para minha surpresa, a coordenadora disse que os alunos são levados para o médico só quando o caso é grave”, contou.

Ao questionar o que seria o caso grave, a mãe disse que não teve respostas da direção: “O que seria estado grave? Será que é levar um tiro ou uma facada? Perguntei para a diretora e ela me disse que a escola fez a parte dela. Porém, eles ligaram somente pra mim sendo que tem uma lista de contatos das pessoas da família que podem ser chamadas”.

Desde o dia do ocorrido, a criança está sem ir para a aula devido ao inchaço da boca. “Agora está começando a melhorar, mas meu filho ficou muito assustado com tudo. Perder dois dentes arrancados é uma dor muito forte para uma criança”, falou.

A revolta de Sulamita se dá pelo fato da criança ter sido levada para a sala de aula mesmo estando com a boca sangrando. “Tem um posto de saúde a poucos metros da escola. Eles poderiam ter levado meu filho até lá, porém preferiram deixá-lo na sala. Se eu não tivesse ido mais cedo, ele ia ficar com a boca cheia de sangue até o fim da aula. Está faltando empatia com o próximo”, desabafou.

Procurada pelo BHAZ, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que as escolas são “orientas a prestar atendimento adequado a qualquer aluno que sofra acidente no ambiente escolar”.

A pasta ainda informou que, no caso citado, o aluno recebeu assistência e os primeiros socorros e que depois a mãe foi acionada.

A nota enviada pela SEE pode ser lida na íntegra:

A Secretaria de Estado de Educação informa que orienta às escolas a prestar atendimento adequado a qualquer aluno que sofra algum acidente no ambiente escolar. No caso ocorrido na Escola Estadual Jornalista Jorge Paes Sardinha, a direção da escola informou que o aluno não ficou sem assistência, foi feito o atendimento de primeiros socorros e a limpeza de sua boca. A mãe do aluno também foi acionada imediatamente após o ocorrido.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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