PBH proíbe que hippies vendam artesanato na Feira Hippie e grupo organiza protesto

Maira Monteiro/BHAZ

O movimento hippie vai realizar um protesto na Feira Hippie, às 9h, no próximo domingo (5). A motivação para o ato é a proibição da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) de que os expositores vendam produtos durante a feira.  

Em agosto do ano passado, uma ação de fiscais da prefeitura, com apoio de policiais militares, terminou em confusão no local, inclusive com uma grávida sendo agredida. O desentendimento teria começado quando os fiscais tentavam recolher materiais de artesãos não autorizados.

Desde a confusão, os hippies continuam vendendo produtos no local. Contudo, de acordo com uma das integrantes do movimento, Juliana Castro, no último domingo, a prefeitura anunciou que não permitirá a continuidade das vendas dos hippies no local.

“Segundo os fiscais, a organização da feira solicitou a proibição. Eles alegam que as vendas no local são permitidas somente aos vendedores licenciados. Desta forma, vamos começar os protestos novamente, na tentativa de resolver isso”, explica Juliana.

Segundo ela, para evitar novos conflitos, a fiscalização da feira já foi comunicada sobre a manifestação. “Será um ato pacífico, não queremos briga, só vamos lutar por um direito”, conta.

Questionada sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Política Urbana (SMPU) explicou que a norma que permite a atividade dos hippies em BH, prevê locais específicos para o comércio.

“Na região Centro-Sul, esses profissionais podem expor os seus produtos artesanais apenas na rua dos Carijós, no quarteirão fechado, entre Praça Sete e rua São Paulo; na rua Rio de Janeiro, no quarteirão fechado, entre Praça Sete e rua dos Tamoios; e na Praça Rio Branco”, diz a nota.

Ainda segundo a secretaria, as ações de fiscalização são realizadas rotineiramente. “Em caso de descumprimento, o infrator pode ter a mercadoria apreendida e ser multado. Aos domingos, somente podem comercializar mercadorias na avenida Afonso Pena os comerciantes licenciados para a Feira de Arte e Artesanato da Afonso Pena”, salienta a secretaria.

Questionada sobre as soluções para as questões dos hippies, a secretaria informou que, para comercializar produtos em feira, é necessário um edital de licenciamento. “Como no caso dos editais recentemente publicados que ofertaram 825 vagas e a criação de 23 novas feiras. Para qualquer atividade em logradouro público, é obrigatório a permissão e a licença expedida pelo poder público”, diz.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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