Zema anuncia tolerância zero contra ocupações: ‘Segurança para quem investe’

Gil Leonardi/Imprensa MG

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), anunciou nesta quinta-feira (2) que sua gestão tem adotado tolerância zero contra o que classifica como invasões, dando passe livre para que o comando da Polícia Militar atue com agilidade para coibir ações de movimentos populares, admitindo uso de violência “em caso de extrema necessidade”. O mandatário também alegou linha dura contra protestos que fechem vias importantes, como a MG-10.

“Em relação a invasões, a postura da PM vai ser a de tolhê-las”, disse Zema em encontro com jornalistas nesta tarde na Cidade Administrativa, sede da administração estadual. “Queremos resolver o problema na origem. Quando tem lá 10 pessoas, vamos levar essas pessoas para depor na delegacia. Qualquer um que invade uma propriedade privada, está ferindo a lei”, afirmou sobre o polêmica tema.

O governador afirmou que a postura era “uma das reclamações de quem produz emprego”. “Dá segurança para quem investe. Queremos resgatar esse Estado de Direito que de certa maneira ficou esquecido no último governo, que acabou dando razão a certo movimento popular mesmo ilegal. Parece que o fato de ser popular o tornava legal, o que, no nosso ponto de vista, não é correto”, afirmou, ao criticar o governo de Fernando Pimentel (PT).

Zema sugeriu que a linha dura será adotada contra protestos que possam afetar o tráfego de carros. “A mesma coisa foi feita também em relação à manifestação que tivemos aqui [manifestação realizada na MG-10, em frente à Cidade Administrativa]. Aqueles que provocaram transtorno, que fizeram centenas perderem voo vão ter que responder perante a Justiça sobre o transtorno que causaram”, disse.

Social

Durante o encontro, Zema também rebateu as críticas que o apontam como um político pouco preocupado com aspectos sociais. “Muitas vezes eu tenho sido taxado de como pouco atento às questões sociais. Mas o que que é mais social do que um Estado responsável que pode oferecer boa Educação, boa Saúde, Segurança adequada e, principalmente, propiciar um ambiente que gere empregos? Tem Estado mais social do que esse? Acho que só a maneira de enxergar que é diferente”, ponderou.

O governador ressaltou que está focado na redução dos gastos do Estado para, assim, continuar repassando recursos aos municípios, mantendo em funcionamento os serviços públicos.

“Nós temos que tirar recursos de algum lugar. E de onde nós vamos tirar? Do custeio da máquina. Então nós estamos tendo que, realmente, fazer reajustes na Segurança, na Saúde, na Educação, na estrutura administrativa aqui. Nós não temos como capitar dinheiro no mercado, não temos casa da moeda. Então a única forma de fazer esse ajuste é fazer sacrifício”, destacou Zema.

Recuo

Ainda assim, Zema classificou como um “erro” a decisão inicial de seu governo que pretendia reduzir o ensino em tempo integral no Estado. Nesta semana, ele garantiu a continuidade do programa após um embate sobre a medida emperrar a votação da reforma administrativa apresentada pelo Executivo em fevereiro.

“Na questão da Educação, nós reconhecemos que a medida que tomamos foi prematura. Acabamos tendo uma conclusão do caso melhor do que começamos, porque os próprios deputados entraram com emendas parlamentares. Foi extremamente benéfica a intervenção”, pontuou.

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