O muro cinza, tradicional do Mineirão, deu lugar a uma infinidade de cores neste sábado (4). Foram convidados 43 artistas do Museu de Rua, coletivo que ressignifica espaços públicos e valoriza a arte de rua por meio de intervenções e ocupações culturais. O muro de 400 metros quadrados (m²) da Esplanada Sul foi completamente tomado.
O evento teve início às 12h, com muita música, boa gastronomia, atividades culturais e feira de artesanato. Aos poucos, o muro cinza foi dando lugar aos mais diversos grafites, dos mais diferentes artistas.
“A ideia principal do grafite é a de atingir o maior número possível de pessoas. Ser visto mesmo. E aqui é um lugar que recebe um número grande de pessoas, sempre”, conta a grafiteira Maria Raquel, famosa por pintar bolinhos por BH.
Não é só futebol
O Mineirão é muito conhecido pelos jogos de Atlético, Cruzeiro e da Seleção Brasileira. Contudo, o estádio é também palco de shows, eventos, palestras, intervenções urbanas e muito mais.
“Eu acho que o Mineirão, mais do que nunca, é um espaço de convivência. Tem uma área livre, aberta, em que você pode vir aqui qualquer dia. Não é só futebol. Você pode vir andar de skate, fazer uma caminhada e muitas outras coisas. É um espaço aberto para todo mundo, e o grafite é uma resposta disso, é a cidade se movimentando”, diz Maria Raquel.
Entre o cinza e as cores, o estádio escolheu se colorir. “Era um espaço muito cinza, mas ao mesmo tempo é um lugar tão cheio de vida. Acho que não combinava um ambiente tão cinza com os acontecimentos do estádio”, explica a artista.
A pintura do muro da Esplanada do Gigante da Pampulha foi o lançamento do ‘Esplana’, que tem previsão de duração de seis meses e levará periodicamente para a esplanada do Mineirão atrações como oficinas de dança e fotografia, aulas de yoga, apresentações de teatro e dança.
Confira algumas fotos tiradas durante os grafites:
Amanda Dias/BHAZ
Amanda Dias/BHAZ
Amanda Dias/BHAZ
Amanda Dias/BHAZ
Amanda Dias/BHAZ
Vitor Fernandes/BHAZ
Vitor Fernandes/BHAZ
