Como consegui economizar mais de meio milhão de reais em dois meses de mandato?

Uma das minhas principais bandeiras durante a campanha de 2018 foi ter um mandato econômico, cortando mordomias e privilégios no meu gabinete e fazendo uma gestão pública eficiente e responsável com o dinheiro dos mineiros. Minha promessa de campanha era economizar R$ 5 milhões durante os 4 anos de trabalho. Mas, depois que assumimos o mandato na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, tivemos acesso a todas as informações e valores disponíveis para um gabinete parlamentar e agora temos a perspectiva de uma economia bem mais robusta.

Para explicar esse feito, inicialmente tenho que apresentar as origens de cada verba destinada a um Deputado Estadual na Assembleia Legislativa. A primeira verba que um parlamentar recebe é a ajuda de custo (apelidada de auxílio-paletó), que corresponde a um salário adicional no início e no fim do mandato. Mensalmente, temos direito ao salário bruto (subsídio) de cerca de R$ 25 mil, auxílio-moradia de mais de R$ 4 mil, verbas para composição de equipe e custeio com materiais do gabinete. Além disso, temos recursos de diárias de viagem, cursos de capacitação profissional, plano de saúde e outras verbas. Em alguns casos, infelizmente, não tivemos acesso aos valores exatos mas conseguimos realizar estimativas por conversão de cotas. Todas as verbas destinadas ao gabinete parlamentar – incluindo os salários do próprio deputado, seus assessores, custeio das atividades do gabinete, etc. – somam aproximadamente R$ 370 mil por mês.

Agora que conhecemos a origem dessas verbas e seus valores, posso contar como temos economizado tanto. Meu primeiro ato de economia foi feito antes mesmo de tomar posse como Deputada Estadual, no dia 22 de janeiro deste ano, eu e meus colegas Deputados do partido NOVO recusamos as verbas de ajuda de custo de início e de fim de mandato e o auxílio-moradia. Só no primeiro mês de mandato, isso representou uma economia de quase R$ 30 mil.

A segunda ação para realizar essa grande economia foi a seleção e contratação da minha equipe de gabinete para apoio técnico. Dos 23 assessores e 4 estagiários permitidos pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais, eu contratei apenas 8 profissionais e 1 estagiário. Isso não significa redução de resultados para os mineiros. Como meu próprio mote de campanha dizia, é possível “fazer mais com menos”! A chave do sucesso é aumento de produtividade, através de boa gestão e tecnologia. Utilizamos técnicas de gerenciamento de projetos e melhoria de processos, inclusive com desdobramento das metas do mandato para cada um da equipe. Além disso, selecionamos perfis polivalentes, que atuam em diferentes áreas com competência e responsabilidade.

O montante total economizado nos dois primeiros meses de mandato é de mais de R$ 506 mil, quase 70% de economia em relação aos recursos disponibilizados no período. Considerando apenas as verbas indenizatórias e verbas de cotas de serviços, que são voltadas para custeio e estruturação do gabinete, o percentual é ainda maior: mais de 90% de economia. Não utilizamos carros oficiais e motoristas próprios, economizamos o máximo em viagens, impressões, correios e materiais para o gabinete. Afinal, já existem os e-mails e os aplicativos de mobilidade urbana.

Nosso trabalho não ficou focado apenas na economia ou redução de custos. Durante esse primeiro bimestre do mandato, eu e os meus assessores trabalhamos muito. Compareci a todas as reuniões de plenário e das comissões que sou membro efetivo, executamos mais de 300 tarefas técnicas e legislativas, fiz 3 viagens a cidades do interior de Minas Gerais, realizei mais de 80 reuniões com a população, incluindo duas reuniões abertas de mandato na Assembleia Legislativa para prestação de contas. Em especial, elaboramos e concluímos todo o Planejamento de Gestão do Gabinete e definimos os indicadores de desempenho que servem como parâmetros para mensurar a produtividade da equipe e resultados gerados para os mineiros. A partir do planejamento realizado de forma cuidadosa, inicia-se a fase das entregas substanciais. Tudo isso prova que é possível sim fazer mais gastando menos. E depois ainda dizem que as mulheres é que são gastadeiras…

Laura Serrano[email protected]

Laura Serrano é deputada estadual eleita com 33.813 votos pelo partido Novo. Economista, Mestre pela Concordia University (Canadá), pós-graduada em controladoria e Finanças e graduada pela UFMG com parte dos estudos na Université de Liège (Bélgica). É membro da Golden Key International Honour Society (sociedade internacional de pós-graduados de alto desempenho).

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