Polícia prende suspeito de matar condutor de aplicativo e de roubar outros motoristas

Local onde jovem apresentado pela Polícia Civil nesta quinta abandonou um dos carros roubados (PCMG/Divulgação+Google Street View/Reprodução)

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu nesta quinta-feira (16) um homem suspeito de praticar ao menos cinco roubos a motoristas de aplicativos. Uma das vítimas acabou morrendo, dias depois de ser baleada durante o roubo. Em virtude de dois mandados de prisão preventiva em aberto, Arthur da Silva Soares, de 18 anos, foi detido no bairro das Indústrias, em Contagem, na Grande BH.

As investigações foram conduzidas pelo delegado da 3ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, Weser Francisco Ferreira Neto, que revelou o modo de agir do suspeito. “Ele não usava o seu aparelho para solicitar o motorista de aplicativos. O Arthur pedia a terceiros para chamar um motorista via aplicativo de transporte que seria paga no dinheiro. As corridas iniciavam quase sempre no bairro Jardim das Indústrias com destino ao bairro Ouro Preto, na Pampulha. Durante o trajeto, ele anunciava o assalto e subtraia os aparelhos celulares, dinheiro e até mesmo o veículo”, contou.

As investigações começaram em 14 de janeiro, quando o motorista de aplicativo Erickson Rocha chegou a um bar, no bairro Paquetá, região Noroeste de BH, pedindo socorro. O homem estava com um tiro na cabeça.

Carro abandonado

Erickson era motorista de app e foi acionado no bairro das Indústrias. Para chamar o carro, Arthur usou o telefone de uma outra pessoa, que não teve nada a ver com o crime e só havia feito o favor de emprestar o aparelho. Após entrar no veículo e chegar ao bairro Paquetá, em BH, Arthur anunciou o roubo, levou o carro da vítima, um I/Jac 3 Turin prata e tudo que havia dentro.

A vítima teria esboçado reação e acabou sendo baleada na cabeça. Erickson morreu no hospital em 21 de abril.

Segundo a Polícia Civil, após abandonar o I/Jac 3, na rua Farmacêutica Mariquinha Noronha, 214, no Paquetá, o suspeito acabou usando o celular de uma mulher para acionar outro veículo por aplicativo, que também foi roubado.

A polícia apurou que a mulher que acionou o app não sabia de nada e simplesmente fez um favor de acionar o carro para o rapaz, Arthur. Um mandado de busca foi expedido para a casa da mulher, que trabalha na pastoral de uma igreja. O documento visava a busca do aparelho celular que foi prontamente entregue a polícia. A partir disso, esclareceu-se que ambos não se conheciam e a polícia deu prosseguimento às investigações chegando ao autor dos crimes.

De acordo com o chefe do 1º Departamento de Polícia Civil, delegado-Geral Wagner Sales, Arthur vinha atuando de forma recorrente na região Noroeste da capital. “Temos apurados até o momento cinco crimes contra ele, sendo dois latrocínios e três roubos, geralmente com emprego de arma de fogo ou arma branca. Ele é um indivíduo altamente perigoso e hoje conseguimos tirá-lo de circulação”, ressaltou.

Segundo apurado, em 13 de abril e 7 de maio, o suspeito teria roubado mais dois motoristas com o mesmo modo de agir. De acordo com o delegado Weser, o Arthur também é investigado por um roubo e um latrocínio ocorridos nos dias 8 de abril e 15 de abril do ano passado, sendo que nesses crimes o investigado era menor de idade”, informou.

O delegado Weser não descarta a possibilidade de o suspeito ter feito outras vítimas. “Caso alguma outra pessoa reconheça o suspeito, ela pode procurar a delegacia para fazer denúncia ou fazer o reconhecimento”, informou.

De acordo com a Polícia Civil, quem apresentou a denúncia deste caso foi o Ministério Público de Minas Gerais.

Com informações da Polícia Civil

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