Mulher cai em cova durante enterro e vai parar no hospital

Facebook/Reprodução

“Foi algo que não desejo nem para o meu pior inimigo”. É o que diz a artista plástica Flávia Paonessa, de 45 anos, depois de ter caído em uma cova enquanto enterrava um parente, em Teresópolis, no Rio de Janeiro.

Flávia estava no Cemitério Municipal Carlinda Berlim, no bairro Vale do Paraíso, para enterrar a sogra de uma irmã, na segunda-feira (20), quando o acidente ocorreu. “A cova era no alto de um morro. E, para chegarmos até o local do enterro, tivemos que passar por cima de várias covas. Achei uma falta de respeito”, explica ao BHAZ.

A artista plástica já estava com muitas dores nos pés, devido a alguns esporões. “Fui com muita dificuldade, estava pisando bem leve. De repente, durante o cortejo do corpo, eu simplesmente cai na cova. Minha perna esquerda entrou inteira dentro do buraco, tinha um caixão ali embaixo. Me arranhei toda e perdi a unha do dedinho”, desabafa.

O enterro precisou ser paralisado para que Flávia fosse socorrida. “A gente já está triste por estar enterrando um ente querido, aí acontece isso”, explica.

Após o acidente, a artista plástica foi direto para casa. “Mesmo com muitas dores, precisava tomar um banho, tirar tudo aquilo de mim. Ontem (21) fui ao médico e ele me falou que dei sorte, que poderia ter sido bem pior, quebrado minha bacia, perna ou braço”.

A artista desabafou a respeito da situação em um post no Facebook. Na publicação, que acompanha fotos, é possível ver diversas covas abertas no local. “Fica assim o tempo todo. E é um lugar onde crianças brincam de soltar pipa, correm por ali. Pode acontecer algo ainda pior”.

Flávia afirma que processará a prefeitura. “Para que tomem providências, e que isso não aconteça com mais ninguém. Não me ligaram para saber como estou, se estou bem. Não fizeram nada. Já peguei o boletim de entrada na UPA”, completa.

Por meio de nota enviada ao BHAZ, a Prefeitura de Teresópolis informou que “em nenhum momento a administração do Cemitério Municipal Carlinda Berlim foi procurada” e que “a manutenção do cemitério é feita rotineiramente “. Disse ainda que “a pessoa em questão se limitou a fazer postagem em rede social sobre o incidente”.

Veja nota na íntegra:

“Em nenhum momento, a administração do Cemitério Municipal Carlinda Berlim foi procurada pela pessoa que relatou ter se machucado ao pisar numa cova deste cemitério. Nem tampouco houve registro de reclamação na Ouvidoria Geral. A pessoa em questão se limitou a fazer postagem em rede social sobre o incidente.

Todas as covas são alinhadas de forma linear, identificadas cada uma com uma cruz e com acesso por corredores centrais, tanto para os funcionários que fazem o serviço de sepultamento quanto para quem visita o cemitério.

O local onde ocorreu o referido acidente é destinado a sepultamento em cova rasa. Algumas covas permanecem abertas, visto que são feitos, em média, 4 sepultamentos por dia.

A manutenção do Cemitério Municipal Carlinda Berlim (antigo Caingá) é feita rotineiramente, por funcionários da Secretaria de Serviços Públicos, com capina, varrição, retirada de lixo, pintura de postes e de meios-fios e ampliações”.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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