Cerca de 20 cachorros são envenenados em cidade mineira; polícia investiga

Divulgação/Associação Urucanense de Proteção Animal

Moradores da cidade de Urucânia, na Zona da Mata, estão revoltados com a morte de cães de rua na cidade. Cerca de 20 animais teriam sido envenenados com carnes contaminadas com “chumbinho” durante a madrugada da última quinta-feira (30). Por conta disso, a cidade amanheceu com vários cachorros mortos pelas ruas.

Esta não é a primeira vez que isso acontece no município. Segundo a presidente da Associação Urucanense de Proteção Animal, Heloísa Helena, no ano passado, aproximadamente 17 cães apareceram mortos com causas parecidas na cidade. Ainda de acordo com ela, o número de animais mortos em 2019 pode ser ainda maior.

“Nós estamos contabilizando as mortes dos cães que foram encontrados nas ruas, mas essa pessoa que fez essa maldade pode ter jogado carne com veneno em matas e lotes vagos. Desta forma, pode ter animais mortos por aí que ainda não foram encontrados”, diz.

Segundo a presidente da associação, os pedaços de carne envenenados foram jogados entre o bairro Paulo Giardini e o Centro. Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Polícia Militar da cidade. De acordo com o documento, os envenenamentos ocorrem na cidade há cerca de seis meses.

A associação conseguiu salvar dois animais que foram envenenados. Eles foram levados para clinicas veterinárias da região e, agora, estão em um abrigo aguardando para serem adotados.

A advogada da ONG Vida Animal Livre de Belo Horizonte, Val Consolação, foi à cidade na última sexta-feira (31) para se reunir com a prefeitura, representantes da Câmara Municipal e policiais.

“Precisamos descobrir quem é o autor desse crime bárbaro. Geralmente, são pessoas que não gostam de ver os cães na rua. Mas, ao invés de ajudar, matam covardemente. Nós acordamos com a prefeitura que vamos localizar e denunciar os estabelecimentos que estão vendendo chumbinho. Desta forma esperamos chegar ao responsável por essa atrocidade”, conta a advogada.

Segundo a defensora, nesta semana, a associação e a ONG farão uma denúncia do caso no Ministério Público de Minas Gerais. A Polícia Civil informou que já tem ciência do caso e que uma equipe da delegacia de Jequerí, cidade mais próxima do local, vai investigar o caso.

Caso localizado, o responsável pelo envenenamento pode ser condenado de três meses a um ano de prisão e ainda pagar uma multa.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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