Falsas religiosas, irmãs exploram ‘bondade’ de idosos e furtam R$ 200 mil em um ano

Divulgação/Polícia Civil + Reprodução/Street View

Duas irmãs foram presas por aplicar golpes em idosos em Belo Horizonte, na região metropolitana e em outras cidades de Minas Gerais. Magna de Oliveira e Marize Andrade se passavam por religiosas, ganhavam a confiança das vítimas para entrar na residência delas e as furtavam. Em apenas um ano, a dupla levou R$ 200 mil – sendo que praticavam esse tipo de crime há quase 10 anos, sempre conforme a polícia.

Segundo o delegado Thiago de Lima Machado, além de religiosas, as irmãs também se passavam por conhecidas das vítimas, explorando uma suposta falha de memória, ou pediam para tomar um copo com água. Após conquistar a confiança dos idosos, entravam na residência deles e furtavam dinheiro e objetos pessoais.

“Em determinado momento uma delas ia ao banheiro e aproveitava para pegar objetos como bolsas, joias, cartões. Ao despedir, pediam um contato telefônico”, explica o policial.

Com os cartões de banco dos idosos, as mulheres ligavam fingindo ser funcionárias de agências bancárias. Elas solicitavam dados como senhas e conseguiam fazer saques e transferências. “Temos notícia de que elas levaram R$ 8 mil de uma pessoa e até R$ 60 mil de outra”.

Um homem também foi preso por participar do esquema. Ele era esposo de uma das mulheres e as levava nas cidades. “Esse terceiro indivíduo confessou fazer o transporte das irmãs, mas disse que não sabia da prática dos crimes”, disse o delegado.

A prisão das mulheres aconteceu em Ribeirão das Neves, na região metropolitana, no mês de março. O serviço de inteligência foi utilizado pela polícia para chegar até elas. “No dia da prisão elas tinham entrado em mais de 20 residências. Com elas encontramos vários cartões de banco”.

A estimativa é de que as mulheres praticavam os crimes há quase 10 anos, e que, em menos de um ano, elas teriam furtado R$ 200 mil. A polícia investigará o que elas faziam com os valores. Três filhos de uma delas estão presos por passagens de tráfico de drogas e homicídio.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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