Palácio das Mangabeiras sediará Casa Cor BH, que completa 25 anos este ano

Palácio está localizado no bairro nobre do Mangabeiras (Carlos Alberto/Agência Minas/Divulgação)

A Casa Cor 2019 – mostra de decoração que celebra 25 anos este ano na capital mineira – está marcada para ser realizada no fim de agosto, em Belo Horizonte, e já tem o local escolhido: o Palácio das Mangabeiras, no bairro de mesmo nome, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A tratativa entre a organização da mostra e a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) deve ser firmada nesta sexta-feira (14).

“As tratativas entre a Casa Cor e a Codemge ainda não foram finalizadas, mas nossa expectativa é que a mostra ocorra no final de agosto. Já vistamos o imóvel e identificamos possíveis benfeitorias, do ponto de vista da infraestrutura, como infiltrações, revisão de telhados e algumas necessidades de restauro, vinculadas ao patrimônio. Tudo o que pudermos contribuir nesse sentido, de melhorar o espaço, pretendemos fazer”, diz o diretor executivo da Casa Cor Minas, Eduardo Faleiro.

Imóvel tem uma biblioteca impecável, com livros bem organizados
(Carlos Alberto/Agência Minas/Divulgação)

Questionado sobre uma estimativa de investimentos que devem ser feitos no espaço, Faleiro disse que, como as tratativas não foram finalizadas, ele ainda não tem o projeto em mãos.

Com o quadro da Santa Ceia ao fundo, conjunto da mesa de jantar para mais de 20 convidados em cadeiras de veludo
(Carlos Alberto/Agência Minas/Divulgação)

Segundo o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Marcelo Matte, entre os usos do espaço, está a realização da Casa Cor e exposições de arte. “A ideia é que a Casa Cor inicie imediatamente as obras de preparação para o evento, que deve ser aberto no final de agosto. Ela vai cumprir o que está definido no contrato, tem uma série de atividades de recuperação definidos pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) para serem preservados e recuperados”, disse.

Carlos Alberto/Agência Minas/Divulgação

Residência oficial dos governadores mineiros desde 1955, data de sua inauguração pelo então governador Juscelino Kubitschek, o imóvel foi desafetado como bem público por meio do Decreto nº47.667 de junho de 2019. Com a desafetação, a natureza do bem imóvel deixa de ser um bem de uso exclusivo da administração pública e pode agora ter outros usos, como espaço para eventos culturais.

Carlos Alberto/Agência Minas/Divulgação

O palácio guarda móveis das décadas de 1950 e 1960, objetos sacros, entre outros. Ao longo dos anos, passou por reformas e atualizações.

Melhor aproveitamento do imóvel

Desde a inauguração do palácio, o local vinha servindo de residência aos chefes do Executivo mineiro. Em janeiro de 2019, o governador Romeu Zema (Novo) optou por residir em outro imóvel e dar uma destinação mais democrática ao imóvel, que tem 42 mil metros quadrados de área.

Na quarta-feira, Zema assinou despacho governamental celebrando convênio de cooperação, entre o Estado de Minas Gerais e a Codemge, para a gestão do Palácio das Mangabeiras pelo período inicial de quatro anos. Segundo o governo, o acordo tem como objetivo implementar ações que agreguem mais eficiência na administração do espaço e melhor aproveitamento do imóvel.

“Estou satisfeito porque estamos cumprindo mais um compromisso de campanha. Até 31 de dezembro, no Palácio das Mangabeiras trabalhavam 32 funcionários exclusivos para atender o governador e sua família. Esse gasto, desde o dia 1º de janeiro, foi reduzido a zero. Não moro aqui, aluguei uma casa próxima à Cidade Administrativa e evitamos essa despesa. Em um Estado falido, o exemplo tem que vir de quem governa”, afirmou o governador.

Segundo Zema, a partir de agora, o espaço poderá ser utilizado como um bem público para a população. “Estou tendo o privilégio de, pela primeira vez na história de Minas, abrir para visitação, para o público que tiver interesse, o Palácio das Mangabeiras, que foi a residência oficial do governador nas últimas décadas. É um espaço que é público, mas que sempre teve caráter privado e, do meu ponto de vista, sempre foi um excesso. Temos o maior interesse em preservá-lo, não para que alguém use em privilégio próprio, mas para que sirva como uma atração cultural para a população de Minas”, acrescentou.

O convênio entre o governo e a Codemge destaca a importância da adequada manutenção e preservação do imóvel, que tem projeto inicial de autoria do arquiteto Oscar Niemeyer, com jardins planejados pelo paisagista Roberto Burle Marx.

Como empresa pública indutora do desenvolvimento, a Codemge tem, entre seus nichos de atuação, o fomento à indústria criativa e ao turismo, incluindo a administração de empreendimentos e tendo inseridas em seu objeto social a gestão patrimonial de bens imóveis do Estado e a exploração comercial de espaços sob sua responsabilidade.

Além da administração do espaço, caberá à Codemge fazer a gestão, operação e exploração do imóvel, incluindo a manutenção de suas características arquitetônicas e em compatibilidade com a estrutura existente.

Casa Cor

A Casa Cor – considerada uma das maiores mostras de arquitetura, design de interiores e paisagismo do Brasil – completa sua 25 edição na capital mineira.

No ano passado, a Casa Cor BH foi realizada em um prédio que integra o Conjunto Arquitetônico da Praça da Estação, e que foi a matriz da extinta Rede Ferroviária Federal S/A – RFFSA. O prédio, que está intimamente ligado à história de Belo Horizonte, é tombado e vem sendo restaurado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) para abrigar o futuro Museu Ferroviário.

Os ingressos da edição 2018 de acesso à mostra custaram R$ 50 a inteira e R$ 25 a meia-entrada.

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