Traficante de luxo: Morador do Vale do Sereno usava segurança de condomínio para fazer ‘drive-thru’ da droga

Guilherme Coelho Souza, conhecido como Boy, e Gabriel Freitas foram detidos (PCMG/Divulgação)

Um morador de 26 anos de um condomínio de luxo no bairro Vale do Sereno, em Nova Lima, foi preso por comercializar droga. Mesmo morando com a família, ele aproveitava a segurança do complexo residencial para transformar um box na garagem do prédio em um ‘drive-thru’ da droga. Ele foi detido em flagrante com um comparsa, de 22 anos, quando entregava uma remessa de entorpecente no último dia 5.

As investigações começaram em fevereiro deste ano, quando policiais civis receberam uma informação de maconha e haxixe estavam sendo comercializados na região do luxuoso condomínio. “No início dos trabalhos, as informações eram vagas, pois não sabíamos onde os entorpecentes estavam armazenados ou quem estava por trás. Em uma nova fase chegamos a um dos líderes”, explicou o delegado Windsor de Mattos Pereira, do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc).

Divulgação/Polícia Civil de Minas Gerais

O líder citado pelo delegado é Guilherme Coelho Souza, conhecido como Boy, de 26 anos. O morador do Vale do Sereno era responsável por buscar a droga no Aglomerado da Serra para comercializa-la na garagem do imóvel, local considerado por ele “como seguro”. Segundo a polícia, com isso, o Boy agradava usuários que temiam ir à boca de fumo e os traficantes por diminuir o risco da venda do produto ilegal.

“Entrar no condomínio é muito difícil e por ser morador do local, o Boy conseguia autorizá-la. Os carros paravam em frente ao box, a droga era colocada neles e as pessoas iam embora”, afirma o subinspetor do Denarc, Gabriel Gonçalves de Jesus.

Venda por WhatsApp

O comparsa, Gabriel de Freitas Vieira Landim, conhecido por Freitas, de 22 anos, era responsável por atrair compradores. As vendas eram negociadas pelo aplicativo de mensagens WhatsApp.

Parte do material apreendido pela Polícia Civil (Vitor Fórneas/BHAZ)

O fato de o condomínio ter a segurança privada fazia com que a dupla se sentisse “inatingível”, conforme classificou o subinspetor. “Eles acreditavam que não seriam presos”.

Detalhes da prisão foram apresentados durante coletiva (Vitor Fórneas/BHAZ)

Foram apreendidos 25 kg de maconha, 700 g de haxixe, máquina de cartão, balança de precisão e aparelhos celulares. Em março deste ano, Freitas ficou preso por três dias, por tráfico de drogas e associação criminosa.

Os trabalhos de investigação continuam.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

SIGA O BHAZ NO INSTAGRAM!

O BHAZ está com uma conta nova no Instagram.

Vem seguir a gente e saber tudo o que rola em BH!