A atriz Carla Diaz vai interpretar Suzane von Richthofen no filme que contará a história de um dos mais famosos e chocantes casos policiais do Brasil.
Nessa terça-feira (18), Carla falou pela primeira vez sobre o filme, em entrevista à coluna de Fábia Oliveira, do jornal O Dia. Na entrevista, a atriz afirmou ter aceitado o papel por encará-lo como um grande desafio em sua carreira.
“Acredito que assim como muitos devem pensar e sentir, essa história chamou muito a minha atenção, porque não entra na minha cabeça uma filha cometer uma atrocidade dessas com os pais. E vendo pelo lado profissional, da atriz, esse é certamente um grande desafio para mim”, disse.
Em julho do ano passado, o BHAZ anunciou que a história seria retratada em filme (relembre aqui).
De acordo com o diretor Mauricio Eça, ao portal G1, o título provisório do longa metragem é A menina que matou os pais. Segundo ele, que fez o clipe Diário de um detento, dos Racionais MC’s, e dois filmes da franquia infantil Carrossel, o novo filme trará a história dos assassinatos de Manfred e Marísia von Richthofen, pais de Suzane, em outubro de 2002.
Em um comunicado, o diretor definiu a produção como “um thriller psicológico de suspense” e informou que a pesquisa para reconstituição histórica já foi feita, analisando arquivos públicos do julgamento, desde o assassinato até a condenação.
Disse também que o roteiro tem a assinatura da criminóloga Ilana Casoy, autora dos livros O quinto mandamento (Arx, 2006), que reconstitui o assassinato, e Casos de família (Darkside, 2016), sobre a morte dos Richthofen, da menina Isabella Nardoni, de 5 anos, e do escritor de literatura policial Raphael Montes.
O assassinato dos Richthofen
O casal Richthofen Manfred e Marísia von Richthofen foi assassinado a pauladas enquanto dormia, num crime foi cometido pelos irmãos Daniel e Cristian Cravinhos, que na ocasião eram namorado e cunhado de Suzane, respectivamente.
O casal foi assassinado pelos irmãos Cravinhos a mando de Suzane. Eles criaram um plano para simular um latrocínio – roubo seguido de morte – e matar o casal, que não apoiava o namoro da filha com Daniel, com o objetivo de dividir a herança da família.
Em 31 de outubro de 2002, Suzane abriu a porta da mansão da família no Brooklin, em São Paulo, para que os irmãos Cravinhos pudessem acessar a residência. Na sequência, eles foram para o segundo andar do imóvel e mataram Manfred e Marísia com marretadas na cabeça.
Suzane foi condenada a 39 anos de prisão por ter sido considerada mentora da ação e cumpre pena em Tremembé (SP). Daniel cumpre pena no regime aberto e o irmão Cristian, de 42 anos, que estava no mesmo regime, foi preso no ano passado depois de tentar subornar policiais em Sorocaba (SP).