PM mata dançarina, fere cantora e músico após abrir fogo contra carro: ‘Atiraram para matar’

Arquivo pessoal

Um carro de músicos foi metralhado na madrugada desta sexta-feira (5) pela Polícia Militar. Uma dançarina de 25 anos morreu, enquanto um músico corre o risco de ter a perna amputada e uma cantora foi atingida de raspão. O caso ocorreu no interior da Bahia.

No carro, uma Hilux preta, ainda estavam outra dançarina e o motorista. O grupo, que descansa na cidade de Irecê após uma bateria de shows em comemoração a São João, se deslocou ao município vizinho de Lapão para comer uma galinha caipira, prato típico da região. “Fomos jantar, comemorar nosso término de trabalho”, explicou a cantora Joelma Rios, em publicação no Facebook.

Quando as cinco pessoas retornavam à cidade de Irecê, percebeu que estavam sendo seguidas. “A gente sentiu que tinha alguém nos seguindo, não sabíamos que era a polícia atrás da gente porque não estávamos fazendo nada que chamasse a atenção, jamais fugindo de algo porque a gente estava trabalhando. Não tinha sirene, nada avisando que era a polícia”, relata.

“Fomos intimidados e forçados a sair fugindo para tentar solucionar nossa segurança”. Por volta da 0h30, após perseguição, a Polícia Militar abriu fogo contra a Hilux. A bailarina Gabriela Amorim, 25, foi atingida no abdome e morreu pouco após dar entrada no hospital. Ela deixa um filho de seis anos.

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Mal nenhum me atingirá, enquanto eu fizer de Deus meu lar! ?❤

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O sanfoneiro Eliedelson Possidônio Júnior, 32, foi baleado na perna, internado e corre o risco de ter o membro amputado. Já Joelma sofreu um tiro nas nádegas e outro de raspão no braço. “Vamos esperar que a verdade vai vir”, complementa a cantora, se referindo à versão da polícia.

Ao portal G1, a Polícia Militar da Bahia lamentou a morte da dançarina, afirmou que um inquérito foi aberto e afirmou que uma guarnição iniciou a perseguição após flagrar a Hilux trafegando na contramão. A corporação diz, ainda, que o motorista não respeitou dois bloqueios fazendo, inclusive, manobra perigosa pelo acostamento e que, depois disso, os policiais abriram fogo.

A Polícia Civil também investiga o caso.

“Atiraram para matar. Espero que isso não fique impune por uma atitude impensada. Me senti uma ladra de alta periculosidade, me senti um lixo, passar por tudo isso, por alguém que deveria nos dar segurança”, desabafou Joelma ao G1.

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