Linha chilena corta pernas de dois adolescentes em Minas; um deles pode ser amputado

Divulgação/CBMMG + Reprodução/Facebook

Dois acidentes envolvendo o uso de linha chilena em pipas feriram gravemente dois adolescentes em Minas nos últimos dias, um de 13 e outro de 15 anos. O primeiro caso ocorreu no sábado (20) em Betim, na região metropolitana da capital, e o segundo nesta segunda-feira (22) em Varginha, no Sul do Estado.

No sábado, a vítima da linha foi um adolescente de 15 anos. Ele voltava para casa após um treino em um capo de futebol de Betim quando uma linha chilena ficou presa em um ônibus e provocou um corte profundo em uma das pernas dele. Segundo testemunhas, o coletivo teria arrastado a linha criando uma espécie de guilhotina.

O adolescente foi encaminhado para o Hospital Regional de Betim, onde passou por duas cirurgias e ainda segue internado. O centro de saúde não descarta a realização de uma terceira cirurgia a, até mesmo, a amputação de parte da perna do garoto, que sonha em ser jogador de futebol.

O segundo caso ocorreu na tarde desta segunda, no bairro Barcelona, na cidade de Varginha. O caso foi parecido, contudo, desta vez, um adolescente de 13 anos caminhava pela rua com seu pai, quando a linha se enroscou em uma moto e, como uma espécie de guilhotina, cortou a perna dele.

Um enfermeiro que passava pelo local no momento realizou os procedimentos de primeiros socorros e estancou a ferida do jovem. A vítima foi socorrida para um hospital da região pelo Corpo de Bombeiros.

A Polícia Militar foi acionada no local e conseguiu identificar um menino de 11 anos como o dono da linha.

Crime

A linha chinela tem sido a preferida dos praticantes de papagaio. O material é resistente e tem um poder de corte quatro vezes mais maior que uma linha com cerol feito de vidro. O cerol chileno é feito com uma mistura de quartzo e óxido de alumínio.

Em Minas, o uso da linha chilena é crime tipificado pela Lei 14.349 de 2002. As penas podem ser de detenção e multa de até R$ 1,5 mil para quem usar o material cortante. Vender a linha também é crime e a detenção pode ser de dois a cinco anos de prisão, além de multa.

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